Por que Antonio Palocci concordou em abrir a chave do cofre
Há várias teorias para o fato de Luiz Inácio Lula da Silva ter aproveitado o período pré-natalino para abrir os cofres da República aos investimentos tão requeridos pela população especialmente os parlamentares e suas emendas orçamentárias. Uma delas, a mais corrente aliás, é que a época pré-aniversário do nascimento de Cristo também coincide com o pré-ano eleitoral.
Pode ser, mas talvez, incrivelmente, não seja a única e, quem sabe, nem a principal razão para o uso mais frouxo da chave do Tesouro. O enfraquecimento de Antonio Palocci, ministro da Fazenda, inclusive com a participação de companheiros e do próprio chefe, é uma das outras razões apontadas.
Contribuindo com a discussão, reproduz-se, aqui, a análise feita pelo jornalista Ricardo Noblat, no site dele na Internet:
Amansaram Palocci
Palocci está prontinho para negociar. Soltou esta semana mais R$ 2 bilhões para ministérios investirem. É tanto dinheiro que tem ministro sem saber o que fazer.
E a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, está certa de que arrancará mais R$ 3 bilhões no início do próximo ano.
O surto de flexibilidade que acometeu Palocci tem a ver com quatro fatos, pelo menos:
* as denúncias sobre caixa 2 do PT em Ribeirão Preto na época em que ele era prefeito – além dos negócios suspeitos de ex-assessores;
* o duro ataque que sofreu pelas costas da própria Dilma, autorizada por Lula a criticar a política de juros;
* o desastre do desempenho da economia no último trimestre (-1,2%);
* o medo de perder o cargo e se ver às voltas com processos na Justiça comum. Como ministro, ele só pode ser processado no Supremo Tribunal Federal.
O dono do pedaço dentro do governo foi José Dirceu. Depois foi Palocci. Agora é Lula – para o bem ou para o mal.
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