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CÂMARA. Eleição da Mesa Diretora do Legislativo de Santa Maria está nas mãos de um único partido

Eleição da Mesa Diretora será realizada em 31 de dezembro. Luci Duartes, à direita, deve desequilibrar a eleição a favor da oposição. Hoje, a Câmara tem como presidente Cida Brizola (ao centro). Foto Allysson Marafiga / Câmara de Vereadores

Por Maiquel Rosauro

A eleição da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Santa Maria, no último dia do ano, está nas mãos de um partido: o PDT. A legenda decidirá em dezembro como será o voto de Luci Duartes – Tia da Moto (PDT). Ela adianta que seguirá a recomendação da sigla.

Hoje, a base do governo Pozzobom conta com onze parlamentares, enquanto que a oposição tem dez. Logo, basta um edil da situação trocar de lado para decidir o pleito.

Foi exatamente o que ocorreu ano passado, quando Leopoldo Ochulaki – Alemão do Gás (PSB) virou a casaca, saindo da oposição e migrando para o lado governista a troco de um punhado de cargos tanto no Executivo quanto na Mesa Diretora. Na ocasião, Cida Brizola (PP) foi eleita presidente da Câmara e Luci vice-presidente.

A próxima eleição da Mesa, entretanto, não tem como baliza os cargos que serão herdados pela chapa vencedora. O foco está em outubro de 2020. O pleito no Legislativo servirá como amostra das alianças e objetivos que estão se construindo para a eleição municipal.

É o caso do PDT, que vem articulando uma coligação junto com PTB, PSB e PCdoB. Ao que tudo indica, o partido deverá deslocar Luci da base do governo, reafirmando desta maneira o posicionamento de oposição da sigla frente ao prefeito Jorge Pozzobom (PSDB).

Os próprios discursos da parlamentar nos últimos meses já indicam que ela deve trocar de lado, uma vez que não vem poupando críticas a Pozzobom na tribuna. Mais do que isso, ela própria indica que seguirá a determinação do PDT.

“Vamos seguir as diretrizes do partido”, afirma Luci em relação à eleição da Mesa.

Na prática, a vereadora teria pouco a perder mudando de lado. Ela possui apenas um cargo no quarto escalão da Mesa Diretora.

Assunto na pauta

Nesta terça-feira (19), o PDT realizará a primeira reunião de sua nova Executiva, eleita em 8 de novembro. Conforme o presidente municipal Marcelo Bisogno, a eleição da Mesa Diretora estará entre as pautas do encontro.

“Nossa vereadora afirmou com clareza, vamos definir oficialmente a posição da nossa líder e representante do PDT na Câmara, ela seguirá nossa posição partidária”, disse Bisogno.

Todavia, o partido não vai bater o martelo nesta terça. O assunto primeiro será tratado na Executiva e depois encaminhado para o Diretório, que definirá em dezembro a posição oficial do PDT.

Cargos aqui e acolá!

A tendência de nova virada na eleição da Mesa tem preocupado os governistas. Nos bastidores, há lideranças que demonstram preocupação com a iminente saída de Luci da base e estudam uma aproximação com outros vereadores da oposição a fim de manter o status quo no Parlamento.

A grande esperança do governo é trazer Ovidio Mayer (PTB) novamente para a base, posição que ele já ocupou em 2017, primeiro ano do atual mandato. Há algum tempo ventila-se que ele deve trocar de sigla em março, rumando para o PP, legenda do vice-prefeito Sérgio Cechin (PP).

A aproximação com o PP e mais alguns cargos – tanto na Mesa Diretora da Câmara quanto na Prefeitura ou até no governo do Estado – seriam uma oferta tentadora, embora fontes do site no PTB indiquem que Mayer nunca voltaria para a base de Pozzobom.

Outra possibilidade comentada por uma liderança do governo é fazer uma pressão no Republicanos, via governo do Estado, uma vez que o partido integra a base de sustentação do governador Eduardo Leite (PSDB). A meta é digna de uma missão impossível: trazer novamente o vereador Alexandre Vargas (Republicanos) para a base de Pozzobom. O problema é que Vargas é um dos líderes da oposição e crítico ferrenho da Administração Municipal.

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