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ARTIGO. Jorge Pozzobom e imposição de limites e normas para a reabertura das atividades econômicas

Regras rígidas na retomada gradual das atividades em Santa Maria

Por JORGE POZZOBOM (*)

Não há decisão fácil de ser tomada em meio a uma pandemia. E não está sendo diferente agora, diante dessa crise sem precedentes na saúde mundial. Crise, essa, que traz desdobramentos econômicos e sociais. Ou seja, qualquer atitude tomada, por mais simples que possa parecer, gera consequências sérias para a nossa sociedade.

Enquanto gestor público, tenho pesado cada decisão tomada pelo Governo Municipal. E chegamos a essas decisões de forma colegiada, ouvindo os mais diversos setores da sociedade, mas, principalmente, levando em conta as orientações médicas e científicas. Afinal, são os especialistas da área que detêm tal conhecimento. Eu sou advogado, não sou médico.

Nessa equação complexa, que prevê a adoção de medidas para conter a disseminação do novo coronavírus e, ao mesmo tempo, busca alternativas para minimizar os efeitos econômicos que essa situação traz, a preservação da vida precisa vir em primeiro lugar. Mas, não fecho os olhos para todo esse contexto.

Por conta disso, e sempre com o respaldo da equipe médica e dos números do boletim epidemiológico divulgado diariamente pela nossa equipe da Prefeitura, decidimos pela abertura gradual de alguns estabelecimentos que, até então, ou estavam proibidos de funcionar ou estavam prestando suas atividades de maneira diferenciada, como por tele-entrega ou no sistema “take-away” (pegue e leve). É o caso dos restaurantes, bares que servem alimentação e lancherias. Pousadas e hotéis também já podem funcionar, desde que respeitadas diversas regras de segurança. Esses setores da cadeia produtiva estão autorizados a desempenhar suas atividades desde segunda-feira (13). No caso dos restaurantes, bares de alimentação e lancherias, que já podiam funcionar com tele-entrega ou sistema take-away, agora, também podem receber o público.

Essa flexibilização vai exigir que sejam adotadas inúmeras medidas de segurança por parte dos estabelecimentos (as regras podem ser conferidas no site da Prefeitura). E essa foi a contrapartida para o funcionamento.

Também estamos fazendo rodadas de conversa com representantes de outros setores que ainda estão com as atividades paradas, como é o caso de salões de beleza, barbearias e academias de ginástica. No sábado, realizamos encontros com esses setores justamente para debater como se dará essa retomada. Já sabemos que será gradualmente, a partir do próximo dia 16, visto que, apesar de decreto estadual já pemitir, optamos por protelar um pouco mais a abertura de estabelecimentos considerados não essenciais. Nessa mesma linha, de discutirmos alternativas de retomada com segurança sanitária, recebemos, também no sábado, representantes da Ordem dos Ministros Evangélicos de Santa Maria (OMESM). Nos encontros, ficou alinhado que esses setores apresentarão propostas que viabilizem a abertura sem descuidar do mais importante: a preservação da vida de quem está direta ou indiretamente envolvido nessa engrenagem.

E, no conjunto dessas medidas de segurança, não abrimos mão de ações como a limpeza e a sanitização dos estabelecimentos, assim como a Prefeitura, com o apoio de empresas e instituições parceiras, já vem fazendo em áreas públicas do Município desde março. A redução da capacidade do número de pessoas nesses locais, para evitar aglomerações, também é uma premissa para que essa abertura gradual ocorra. O uso de máscaras de proteção por parte dos profissionais que atuam nesses estabelecimentos é outra exigência que estamos fazendo enquanto Poder Público, os chamados EPIs (equipamentos de proteção individual). O mesmo já foi recomendado por decreto em relação ao público em geral: que usem máscaras de proteção (que podem ser feitas em casa, de pano).

E, para que tudo o que foi acordado entre as partes seja cumprido, a Prefeitura fará uma fiscalização rigorosa para garantir a segurança da população. Ou seja, para cumprir com o seu papel de zelar pela vida dos moradores desta cidade.

Decisões difíceis como essas que estamos tomando diariamente precisam de absoluta seriedade e responsabilidade. E é dessa forma que estamos agindo, pois, tenha certeza de que estamos priorizando a vida de cada santa-mariense. E, com a saúde protegida e fortalecida, vamos conseguir nos estruturar e nos reerguer de todas as consequências negativas a que fomos submetidos por esta pandemia mundial.

(*) Jorge Pozzobom é o Prefeito Municipal de Santa Maria. Sua trajetória como agente político começou com dois mandatos de vereador, tendo depois se alçado, pelo voto popular, à Assembleia Legislativa. Em meio ao segundo período, em 2016, foi eleito para conduzir o Executivo santa-mariense. Ele escreve no site às terças-feiras.

Observação do siteA foto (de João Vilnei, da Assessoria de Imprensa da Prefeitura Municipal) é da sanitização, nesta segunda-feira, da Praça Roque Gonzales, em frente ao Hospital de Caridade, na Avenida Presidente Vargas.

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