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ARTIGO. Jorge Pozzobom, o vírus e as decisões, que têm como premissa ‘a proteção e preservação da vida’

No “novo normal”, o resultado depende de cada um de nós

Por JORGE POZZOBOM (*)

Dias atrás, escrevi, neste espaço, que estávamos nos preparando para dar início a um novo capítulo em nossas rotinas. Que todos precisavam se adaptar ao “novo normal”. E é exatamente o que estamos vivendo atualmente. À exceção das escolas e universidades, segmento que ainda segue com as atividades paralisadas, de forma responsável, conforme decreto estadual, outros setores do Município já retornaram ou estão, gradualmente, retornando seus expedientes e atendimentos à população.

São atividades que vão desde o comércio em geral, passando pela prestação dos mais variados serviços e chegando a áreas de lazer e entretenimento, caso dos clubes sociais e esportivos, por exemplo.

A retomada se deu há alguns dias, mas já é possível ver que nada continua como antes. E, por um bom tempo ainda, não mudará.

A percepção, talvez, mais flagrante é a do uso das máscaras de proteção. Um dos decretos executivos assinados por mim orienta o uso de máscaras por parte de toda a população que necessitar sair de casa e torna esse item obrigatório para que os santa-marienses possam acessar os estabelecimentos de qualquer natureza. Eu sei, tenho dito que usar máscara é um incômodo, que embaça as lentes dos óculos, que tira um pouco da nossa naturalidade. Tudo isso é verdade. Mas, no “novo normal”, é um equipamento necessário, que protege a vida da gente e a do outro. Portanto, usar máscara é um ato de empatia, de responsabilidade e de amor ao próximo.

Assim como a máscara, que passou a ser acessório indispensável em tempos de pandemia, outros itens, como álcool em gel e até termômetros para medir a temperatura corporal, têm lugar garantido nos estabelecimentos cidade afora. A eles, somam-se regras como manter o distanciamento em filas, lavar as mãos com água e sabão frequentemente e manter etiquetas respiratórias, como os cuidados na hora de tossir ou espirrar. São hábitos que já fazem parte da nossa sociedade de um tempo para cá. Atitudes que fazem toda a diferença quando o que está em discussão é a saúde, a vida de cada um de nós.

Por que estou falando sobre tudo isso? Porque, quanto mais seguirmos à risca essas regras e recomendações, quanto mais usarmos as “incômodas” máscaras e quanto mais tirarmos de letra esse “novo normal”, mais cedo teremos a oportunidade de restabelecer a normalidade propriamente dita, ou algo bem próximo disso. Porém, o contrário também é verdadeiro. Ou seja, tudo vai depender dos números do quadro epidemiológico de Santa Maria em relação à Covid-19 e da situação de leitos específicos para o tratamento da pandemia. Hoje, a situação é considerada controlada no Município, no entanto, se esses números ganharem contornos negativos, tudo será revisto e podemos, sim, aumentar as medidas do distanciamento social, revendo, inclusive, a abertura de todos os setores produtivos de nossa cidade.

Esse é o chamado “distanciamento controlado” adotado pelo Governo do Estado e apresentado, recentemente, pelo governador Eduardo Leite. Aliás, nesse processo todo, nossas decisões estão sendo baseadas, além de no panorama científico, em muito diálogo. Seguimos orientações de âmbito estadual e temos mantido, diariamente, conversas com os mais diversos setores de nossa sociedade. Todas as decisões tomadas até o momento pela Administração Municipal foram alicerçadas em muito diálogo. Nem sempre as medidas são do agrado de todos, pois, é praticamente impossível alcançar a unanimidade nesse contexto da pandemia. Porém, asseguro que as decisões são tomadas de forma responsável, tendo como premissa a segurança sanitária e a proteção e preservação da vida, bem maior pelo qual, enquanto gestor público, preciso zelar.

Temos um longo caminho pela frente e não podemos “baixar a guarda”. O “novo normal” ainda nos acompanhará por um bom período. Mas, já conseguimos vislumbrar um cenário mais positivo no horizonte. Porém, reforço que o resultado de tudo isso só depende de nós, das atitudes que tomarmos agora. Quanto mais responsáveis formos em relação aos novos hábitos introduzidos em nossas rotinas, quanto mais conscientes forem nossos atos diante do coletivo, quanto mais cuidarmos de nós mesmos e de quem amamos, mais rapidamente venceremos a pandemia e poderemos, enfim, retomar nossas vidas. Talvez, não exatamente como antes – alguns cuidados deverão continuar fazendo parte do nosso dia a dia -, mas, o mais próximo possível da normalidade. Por isso, meu apelo se renova. Quem precisar ir para as ruas, que não descuide das orientações e regras que estão postas. E, quem não precisar, que fique em casa. Logo, logo, tudo isso vai passar!

(*) Jorge Pozzobom é o Prefeito Municipal de Santa Maria. Sua trajetória como agente político começou com dois mandatos de vereador, tendo depois se alçado, pelo voto popular, à Assembleia Legislativa. Em meio ao segundo período, em 2016, foi eleito para conduzir o Executivo santa-mariense. Ele escreve no site às terças-feiras.

Sobre a foto: Todas as decisões tomadas pelo Executivo Municipal têm sido baseadas no diálogo com os diversos setores da sociedade. Na foto (de Ariéli Ziegler/AIPM), reunião do prefeito com representantes de escolas particulares da cidade

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Um Comentário

  1. Barbeiragens na tomada de decisão ocorreram, tanto aqui quanto no governo estadual. Mas como diria o edil Admar, ‘errar é o mano’.

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