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CÂMARA. Em apenas 4 meses, vereadores gastaram R$ 9,5 mil em selos. Ah, e 498 cartas foram para o lixo

Por MAIQUEL ROSAURO (texto e imagens), da Equipe do Site

A pandemia de coronavírus gerou, pelo menos, uma boa notícia para Santa Maria: interrompeu a farra das cartas na Câmara de Vereadores. Entre janeiro e abril, 12 parlamentares gastaram R$ 9.544,20 mil em selos. O valor é 22,79% superior aos R$ 7.772,24 (atualizados pela inflação) gastos no mesmo período do ano passado.

Conforme dados solicitados ao Parlamento via Lei de Acesso à Informação, nos quatro primeiros meses de 2020 os vereadores enviaram 3.926 correspondências, sendo 955 em janeiro, 1.467 em fevereiro, 1.404 em março e 100 em abril. O gasto total foi, respectivamente, R$ 1.882,25; R$ 4.598,75; R$ 2.878,20 e R$ 205.

A queda drástica em abril ocorreu porque, na metade do mês, os vereadores aprovaram a Resolução Legislativa 7/2020 (AQUI), que contingencia diversos gastos do Parlamento frente à pandemia. Entre as ações definidas, está a suspensão do envio de correspondências pelos gabinetes e setores administrativos (ressalvados os casos de urgência justificada) pelo prazo de 90 dias.

Entre os principais gastadores estão os mesmos de sempre: Jorge Trindade – Jorjão (PDT), com R$ 2,4 mil (569 cartas) e Ovidio Mayer (PTB) com R$ 2.255,00 (1,1 mil cartas). Ambos também foram os campeões de envio de cartas em 2019. Em matéria publicada em janeiro deste ano, eles justificaram que o público deles prefere esta forma de interação (AQUI).

Cada vereador tem uma cota máxima de 2 mil cartas simples por ano, sendo os valores correspondentes por peso.

Conforme informações do Legislativo, em janeiro o valor unitário de uma carta até 20 gramas custava R$ 1,95. A partir de fevereiro, o preço passou para R$ 2,05. Destaque para 292 cartas enviadas em janeiro que tiveram o valor unitário de R$ 7,50.

498 cartas jogadas no lixo

Entre janeiro e o início de maio, 498 correspondências foram devolvidas aos vereadores, sendo 272 em janeiro, 213 em fevereiro, 46 em março, uma em abril e 56 em maio. São cartas que não encontraram o destinatário e retornaram ao remetente.

O Legislativo não divulga o valor gasto nestas correspondências. Porém, com base nos valores dos selos, o Site calcula que foram desperdiçados, no mínimo, R$ 980 de dinheiro público com cartas que não chegaram ao seu destino.

Até então, quem lidera com folga a quantidade de cartas devolvidas é Leopoldo Ochulaki – Alemão do Gás (MDB), com 160 correspondências. Apenas em janeiro, 96 de suas cartas retornaram à Câmara. Não é difícil entender o motivo, em dezembro ele remeteu 933 cartas (AQUI).

Não é possível comparar a quantidade de cartas devolvidas em 2020 com as correspondências que retornam ano passado, uma vez que a gestão da então presidente Cida Brizola (PP) não realizou esta fiscalização.

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5 Comentários

  1. É um grupo de compadrio.
    Sempre usando os benefícios e nos e que pagamos a conta.
    Nesta eleição sugiro não votar nessa farra. Tá na hora de renovar.

    #CHEGA DOS MESMOS

    Adelar Vargas dos Santos (Bolinha)
    Admar Pozzobom
    Alexandre Pinzon Vargas
    Celita da Silva (Professora Celita)
    Daniel Diniz
    Deili Silva (Dra Deili)
    Francisco Harrisson (Dr. Francisco)
    João da Silva Chaves
    João Ricardo Vargas (Coronel Vargas)
    Jorge Trindade Soares (Jorjão)
    Juliano Soares (Juba)
    Leopoldo Ochulaki (Alemão do Gás)
    Luci Duartes (Professora Tia da Moto)
    Luciano Guerra
    Manoel Badke (Professor Maneco)
    Maria Aparecida Brizola (Dra Cida)
    Marion Mortari
    Marta Helena Kemel Zanella
    Ovidio Mayer (Dr. Ovídio)
    Valdir Oliveira
    Vanderlei Araújo

  2. Não entendi um dado: Jorjão enviou 569 cartas e gastou R$ 2,4 mil; Ovídio Mayer enviou 1.100 cartas e gastou R$ 2.255,00.

    1. Os valores são correspondentes por peso, como é explicado no parágrafo seguinte:

      “Entre os principais gastadores estão os mesmos de sempre: Jorge Trindade – Jorjão (PDT), com R$ 2,4 mil (569 cartas) e Ovidio Mayer (PTB) com R$ 2.255,00 (1,1 mil cartas). Ambos também foram os campeões de envio de cartas em 2019. Em matéria publicada em janeiro deste ano, eles justificaram que o público deles prefere esta forma de interação (AQUI).

      Cada vereador tem uma cota máxima de 2 mil cartas simples por ano, sendo os valores correspondentes por peso.”

  3. Sempre os mesmos…aqueles que já estão há anos na camara….hora de renovar mesmo …guardem pelo menos os 3 primeiros nomes e não vote de jeito nenhum…vai estar ajudando muito santa maria.

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