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SAÚDE. O uso de “eletrônicos” por crianças deve ser limitado, diz a OMS. Mas, na prática, o que acontece?

Por MILENA DIAS (com foto de Arquivo Pessoal), Especial para o Site (*)

Caroline  Nunes permite que a filha mexa no celular e no tablet por cerca de uma hora. Antes, já deixou ou aparelho com a criança por tempo indeterminado

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou em abril do ano passado recomendações sobre o tempo em que uma criança pode ficar mexendo no celular. Quem possui cinco anos ou menos não deve passar mais de uma hora em aparelhos eletrônicos. Alertou também que a recomendação para bebês com menos de 12 meses é que não fiquem nem um minuto nos aparelhos.

O grande tempo em que as crianças passam na frente dos aparelhos eletrônicos pode acarretar em falta de disposição e obesidade, segundo a OMS. A pesquisa da associação mostra que, cerca de 40 milhões de crianças no mundo todo estão acima do peso.

Caroline Miranda Nunes é estudante e possui uma filha de 1 ano e 9 meses. Ela conta que permite que a sua filha mexa em aparelhos eletrônicos, como o celular e o tablet. Hoje, fica em média uma hora olhando desenhos nos dispositivos móveis. A mãe esclarece que deixa a filha mexer no celular por causa das tarefas que precisa fazer no dia a dia. “Por exemplo, quando tenho aulas online e não consigo dar atenção a ela”, acrescenta.

A estudante acredita que esses dispositivos, quando usados de maneira incontrolada, podem fazer mal à criança. “Acredito que possa prejudicar o desenvolvimento dela, por isso agora estou deixando bem menos que antes. Estou colocando desenhos na televisão, mas no celular somente quando é realmente preciso”, relata.

A mãe pensa que o problema muitas vezes é não estipular o tempo em que os filhos podem ficar no celular. “Esse foi meu caso, no início deixava ela o tempo que “quisesse” e como ela ficava bastante comecei a deixar apenas uma hora por dia. Acredito que muitas mães não estipulam o tempo, o que acaba dificultando depois na hora de reeducar nesse ponto”, presume.

Caroline conta que, por ter deixado a filha tempo demais no celular, às vezes precisa desligar o celular ou tablet e dizer que acabou a bateria, caso contrário ela começa a chorar. “No início deixava ela bastante tempo, e agora ela não quer devolver porque acostumou a ficar. Daí para ela não chorar, faço isso, e aos poucos ela vai entendendo que tem tempo para olhar desenhos, que não pode ficar demais. Se eu simplesmente pedisse, ela iria chorar, então tive que arrumar um jeito em que ela não chorasse e devolvesse”, revela.

Segundo a pedagoga Giane Ferraz Vargas, os aparelhos eletrônicos não foram feitos para crianças. O indicado é elas não mexerem em nenhum momento em celulares e tablets, porém, se a mãe quiser deixar, o tempo é de 15 minutos a meia hora. “Dar o celular não é o melhor para as crianças. Podemos pensar em outras maneiras de chamar a atenção delas e deixando-as mais calmas, como brinquedos, jogos pedagógicos, quebra-cabeça, legos e outros”, aconselha.

A profissional clarifica que a idade em que a criança já pode ter contato com dispositivos móveis é a partir dos 6 anos de idade, caso contrário, ela corre o risco de ter problemas de saúde. “Alguns problemas que podem causar no futuro é com a visão; também estará perdendo momentos de brincar, que é muito importante para o desenvolvimento da criança, o convívio social e interação com outras crianças”, explica.

(*) Milena Dias é acadêmica de Jornalismo da Universidade Franciscana e faz seu “estágio supervisionado” no site

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