Xixi de São Pedro, última (e única) esperança
Veja a que ponto chegamos. A negligência dos governantes, ao longo de décadas, faz com que, neste momento, quem cuida da água que o santa-mariense bebe diga que somente a chuva pode resolver o problema de abastecimento. E nada mais. Obras nunca feitas e imprevidência histórica indicam que a confiança absoluta no Senhor era a única garantia.
Com esse procedimento altamente científico e bem atento ao interesse público, o que se tem, objetivamente, é que se São Pedro não tiver um ataque de mijo, em pouco mais de uma semana os santa-marienses enfrentarão o racionamento de água. Simples assim.
Esta é a única coisa que se pode deduzir das palavras dos dirigentes locais da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), concessionária dos serviços em Santa Maria, e que se reuniram nesta sexta-feira. Quem sabe você mesmo não tira a sua conclusão, a partir do registro feito por Marilice Daronco, em reportagem que o Diário de Santa Maria publica na edição deste final de semana? A seguir:
Corsan espera pela chuva
Empresa afirma que nada pode fazer para resolver a falta de água na cidade
‘Não temos o que fazer’, sentenciou o gerente local da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), Eugênio Francisco Simioni. Um dia depois de admitir que, se o nível de água na barragem do DNOS não subir, parte da cidade pode ficar de torneiras vazias em pouco mais de uma semana, Simioni afirmou que a única alternativa para afastar o fantasma da falta de água é esperar pela chuva.
A decisão foi tomada na sexta, em uma reunião que debateu a seca que assola Santa Maria. Castigada pela estiagem, a barragem que fornecia água para 37% da cidade tem apenas 70 centímetros de água aproveitável. Na quinta-feira, a Corsan admitiu que o problema é grave e que estudava até aproveitar a água com barro do local. Cogitou até discutir um “rodízio de abastecimento”.
Mas na sexta, a decisão foi contar com a natureza. E a previsão não é animadora. Conforme a Central de Meteorologia, não deve chover forte na região nos próximos dias.
Além da chuva, a Corsan conta com a ajuda da empreiteira que está instalando duas bombas no Passo do Macaco para puxar mais água da barragem de Val de Serra. Segundo Simioni, apressar a obra não depende da Corsan, que já teria cobrado da empreiteira.
A previsão da Corsan é de que, na melhor das hipóteses, as bombas estejam funcionando até o fim do mês. Mesmo com as bombas ligadas, a água não será suficiente. Elas terão capacidade para puxar menos água do que a produzida pelo DNOS.
O superintendente adjunto da Corsan, José Vilmar Viegas, diz que a idéia é ir operando dentro das possibilidades até…
SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.clicrbs.com.br/jornais/dsm/
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