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PÓS-ELEIÇÃO. Bisogno, Cechin, Fabiano… Confira 16 lideranças que ficam sem cargo eletivo em 2021

Alguns vão se despedir dos cargos este mês. Outros seguem longe do sonho

Por Maiquel Rosauro

O Ano Novo vai trazer uma nova realidade para algumas lideranças políticas de Santa Maria, que irão se despedir de seus cargos eletivos. Outros, porém, vão se manter distantes de alcançar a sonhada vaga devido a mais derrota nas urnas.

O Site listou 16 graúdos que, este ano, não obtiveram êxito na eleição. Onze deles, hoje, são detentores de cargos eletivos. É o caso, por exemplo, do vice-prefeito Sergio Cechin (PP), que não conseguiu conquistar a Prefeitura.

Além disso, o Site também selecionou cinco nomes que, repetidamente, tem sido derrotadas nas urnas, como Marcelo Bisogno (PDT) e Fabiano Pereira (PSB). Este ano, ambos formaram uma chapa ao Executivo que não logrou êxito.

Alguns listados são veteranos em eleições, mas jamais se elegeram. E outros tiveram não apenas um ano difícil, mas uma década inteira para esquecer.

Perderam cargo eletivo:

Sergio Cechin (PP)

O atual vice-prefeito não conseguiu eleger-se ao Executivo, sendo derrotado pelo atual prefeito Jorge Pozzobom (PSDB). A última vez em que Sergio Cechin (PP) não esteve em um cargo eletivo foi no final da década de 1990.

Em 1996, ele não conseguiu eleger-se prefeito pelo PPB, ficando na terceira colocação com 20.456 votos. Na ocasião, Osvaldo Nascimento da Silva (PTB) foi eleito com 48.118 votos.

Em 2000, ele foi o candidato a vereador mais votado com 4.524 votos. Quatro anos depois, foi reeleito com 5.896 votos. Em 2008, conquistou mais um mandato com 5.862 votos. O quarto mandato consecutivo veio em 2012, com 5.830 votos.

Em 2016, ele foi eleito vice-prefeito na chapa liderada por Pozzobom, pulando da Câmara direto para o Executivo. O revés no pleito deste ano encerra uma trajetória de 20 anos ininterruptos de cargos eletivos.

Francisco Harrisson (MDB)

O médico encerra seu primeiro mandato como vereador no final do ano e dará uma pausa forçada em sua carreira política. Nesta eleição, Francisco Harrisson (MDB) foi o vice de Cechin em sua tentativa de conquistar o Executivo.

Em 2016, foi eleito à Câmara com 2.167 votos. Há dois anos, não conseguiu eleger-se deputado federal.

João Chaves (PSDB)

O tucano foi eleito vereador em 2012, reconquistando a vaga em 2016. Há dois anos tentou um voo mais alto, concorrendo à Assembleia Legislativa, mas não obteve sucesso. Este ano, ficou como terceiro suplente do PSDB à Câmara de Vereadores.

Ovidio Mayer (PTB)

O médico é figurinha carimbada em quase todas as eleições desde 2004, quando elegeu-se vereador pelo PP. Em 2006, já no PTB, concorreu a deputado federal e não se elegeu. Dois anos depois foi candidato a vice-prefeito de Paulo Pimenta (PT), perdendo a eleição para Cezar Schirmer (MDB).

Em 2010, Ovidio Mayer concorreu a deputado estadual, onde novamente não se elegeu. Em 2012, retornou ao Legislativo e, em 2014, não obteve êxito à Câmara dos Deputados.

Foi reeleito vereador em 2016, descansou nas eleições de 2018, e não conseguiu se reeleger no pleito deste ano.

Cida Brizola (PP)

A médica elegeu-se vereadora em 2016 e, este ano, ficou na segunda suplência do partido. Ela é a única presidente da Casa, na atual Legislatura, que não conseguiu a reeleição. Os outros três se reelegeram entre os mais votados: Admar Pozzobom (PSDB), Alexandre Vargas (Republicanos) e Adelar Vargas – Bolinha (MDB).

Marion Mortari (PSD)

Suplente na eleição de 2004 pelo PP, Marion Mortari conseguiu eleger-se vereador quatro anos depois pela mesma sigla. Em 2012, reelegeu-se pelo PSD, mas teve seu mandato cassado no ano seguinte (AQUI).

Mesmo inelegível por oito anos, concorreu a vereador em 2016, sendo o segundo mais votado. Em 2018, não conseguiu eleger-se deputado estadual e, este ano, não obteve êxito na condição de candidato a vice-prefeito de Luciano Guerra (PT).

Luciano Guerra (PT)

O candidato petista à Prefeitura de Santa Maria é outro que se despede do Legislativo este ano e entrará em 2021 sem cargo eletivo. Luciano Guerra elegeu-se para a Câmara, pela primeira vez, em 2012. Há quatro anos, foi o campeão de votos na corrida ao parlamento.

Vanderlei Araujo (PP)

O primeiro mandato de Vanderlei Araujo (PP) no Legislativo termina de forma inesperada. Em 2016, ele foi eleito com 2.158 votos. Este ano, recebeu apenas 621 votos. No comparativo, queda de -75,34% (AQUI).

Celita da Silva (PT)

Outra parlamentar de primeiro mandato que ficará sem cargo eletivo. Ela fez 2.201 votos há quatro anos e 1.059 nesta eleição. Sua votação caiu -51,89%.

Daniel Diniz (PT)

Caso semelhante ao de Luciano Guerra: foi eleito em 2012 e em 2016, mas este ano não obteve sucesso nas urnas ao tentar seu terceiro mandato consecutivo no Parlamento. Logo após a confirmação do resultado, saiu atirando contra lideranças do partido (AQUI).

Jorge Trindade – Jorjão (PDT)

Trocar a Rede Sustentabilidade pelo PDT, no início do ano, não teve o resultado esperado por Jorge Trindade – Jorjão. Ele ficou na primeira suplência do partido, apenas 42 votos atrás de Luci Duartes – Tia da Moto (PDT), a única pedetista eleita à Câmara.

Jorjão concorreu a vereador, pela primeira vez, em 2004, pelo PT, mas conseguiu eleger-se apenas quatro anos depois. Foi reeleito em 2012. Em 2016, pela Rede, saiu-se vitorioso à Câmara pela última vez. Há dois anos, tentou, sem sucesso, uma cadeira à Assembleia Legislativa.

Seguem sem cargo eletivo:

Fabiano Pereira (PSB)

A história política de Fabiano Pereira é dividida em duas décadas. Uma vitoriosa em todos os pleitos que disputou. Outra com sucessivas derrotas.

A última vez que o socialista ocupou um cargo eletivo foi há dez anos, quando era deputado estadual. Em 2010 e 2014 não conseguiu eleger-se deputado federal pelo PT. Em 2018, não triunfou a deputado estadual pelo PSB e, em 2016, não foi eleito prefeito pelo PSB. Este ano, para fechar a década, concorreu a vice-prefeito na chapa liderada por Marcelo Bisogno (PDT).

A carreira de Fabiano iniciou-se em 2000, quando foi eleito vereador pelo PT com 1.947 votos. Dois anos depois, foi eleito deputado estadual com 26.285 votos. Em 2006, foi reeleito à Assembleia Legislativa com 38.900 votos.

Marcelo Bisogno (PDT)

Elegeu-se vereador com 1.695 votos, em 2000, pelo PT. Em 2004, já no PDT, foi reeleito com 2.028 votos. Concorreu a deputado federal, em 2010, e não foi eleito.

Em 2012, foi o vereador mais votado da história de Santa Maria com 8.713 votos. Dois anos depois, concorreu a deputado estadual e não foi eleito.

Nas duas últimas eleições municipais, 2016 e 2020, concorreu a prefeito. Em ambas, ficou na quinta colocação com exatos 12.515 votos.

Jader Maretoli (Republicanos)

O pastor concorreu a prefeito de Santa Maria e a deputado estadual duas vezes, mas nunca se elegeu. Além disso, Jader Maretoli (Republicanos) disputou quatro eleições por três partidos diferentes.

Em 2014, concorreu a deputado estadual pelo PTB. Em 2016, foi candidato a prefeito pelo Solidariedade. Há dois anos, pelo então PRB (hoje chamado Republicanos), tentou novamente uma vaga à Assembleia Legislativa. Este ano, outra vez, tentou ser prefeito.

Outra curiosidade sobre Jader é que, no segundo turno das eleições de 2016 e de 2020, ele acabou apoiando candidatos que acabaram derrotados nas urnas: Valdeci Oliveira (PT) e Sergio Cechin (PP).

Helen Cabral (PT)

A professora é uma das principais líderes do PT em Santa Maria e era uma das favoritas ao pleito à Câmara de Vereadores deste ano. Porém, acabou ficando com a primeira suplência do partido.

Helen Cabral concorreu à Câmara, pela primeira vez, em 2004. Mas foi apenas quatro anos depois que conseguiu se eleger para o seu único mandato eletivo. Desde então, coleciona consecutivas derrotas nas urnas.

Em 2012, concorreu à Prefeitura; em 2014, a deputada estadual; e, em 2016, a vice-prefeita.

Rogério Ferraz (PSB)

A sorte não está ao lado do sindicalista Rogério Ferraz quando o assunto é eleição ao Legislativo. Elejá concorreu quatro vezes, sendo que nas últimas três bateu na trave.

Em sua primeira eleição pelo PT, em 2004, fez apenas 627 votos. Retornou em 2012, ainda no PT, com 1.914 votos. Foi o 15º candidato mais votado naquele ano e ficou na primeira suplência da coligação.

Em 2016, desta vez pelo PDT, foi o 16º mais votado, com 1.940 votos. Mais uma vez ficou na primeira suplência da coligação.

A história se repetiu este ano. Ele ficou como primeiro suplente do PSB com 771 votos.

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Um Comentário

  1. Pelo menos isto.
    Algo positivo sempre acontece.
    Daqui a 2 anos alguns ressurgem, senão em 4 anos.
    Espero que a maioria se aposente.

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