O Grupo de Trabalho Simbiose e o Dia Mundial do Meio Ambiente – por Janaina Marchi
‘Diferencial do GT é a capacidade de se compor de maneira diversa e dinâmica’
No dia 4 de novembro de 2019 realizou-se em Santa Maria, no Plenário da Câmara de Vereadores, uma Audiência Pública da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do RS. A pauta foi sobre a situação da Coleta Seletiva no Município e a situação dos Catadores e suas Associações. A Audiência foi conduzida pelo Deputado Estadual Valdeci Oliveira.
Após as diversas manifestações dos participantes, que buscaram descrever a questão em seus aspectos legais, judiciais, sociais, econômicos e ambientais, foi constituído um Grupo de Trabalho (GT) para continuar o estudo e o debate e, se possível, formular propostas.
O grupo inicial se mantém unido, além de ter recebido novos integrantes ao longo dos 2 anos nos quais permanece ativo. Atualmente, denominado GT Simbiose, congrega 27 membros, representantes de diversas instituições com significativa importância na cidade de Santa Maria: Conselho Municipal de Segurança Alimentar (COMSEA); Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (CONDEMA); Universidade Federal de Santa Maria e Universidade Franciscana; Cooperativa de Trabalho de Recolhimento de Inservíveis Reciclados (CRIR), Associação de Reciclagem Seletivo Esperança (ARSELE), Associação dos Selecionadores de Materiais Recicláveis (ASMAR), Projeto Esperança/Cooesperança e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Santa Maria).
O grande diferencial do GT é justamente a capacidade de se compor de maneira diversa e dinâmica, unindo esforços de agentes diversos em prol do objetivo da questão ambiental e as demais pautas a ela relacionadas, as quais perfazem o horizonte das urgências de nosso tempo.
Ainda, é importante citar o canal direto estabelecido com a gestão pública municipal, já manifestado em reuniões nas quais os membros do GT foram OUVIDOS pelo prefeito Jorge Pozzobon e secretários, e onde a pauta fundamental do GT que envolve saneamento básico, saúde pública e agricultura urbana, pode ser apresentada.
Sabemos que política pública de Saneamento Básico, na qual se insere a gestão de resíduos, é exclusivamente de decisão municipal. Portanto, garantir formalmente um canal de diálogo temático com a Prefeitura se configura em avanço na relação entre sociedade civil e governo. Estamos otimistas com esta possibilidade de colocar a questão ambiental no centro das políticas públicas, pois demonstramos claramente a sua relevância social e econômica.
Não foge à perspectiva do GT Simbiose a questão regional, dado que dezenas de municípios transportam seus RSU para o aterro sanitário de Santa Maria. Além disso, vivemos em locais onde compartilhamos bacias hidrográficas e são intensas as nossas relações culturais, sociais e econômicas. Por isso, é fundamental que a cidade de Santa Maria assuma o compromisso e responsabilidade de tornar-se um centro regional de referência para a elaboração e implementação de políticas públicas com ênfase na sustentabilidade ambiental.
Na semana do meio ambiente, gostaríamos de nos colocar, mais uma vez, como um coletivo dinâmico e forte, presente e atuante, cujo papel reforça a necessidade de envolvimento da sociedade civil como parte fundamental, mas não única, deste processo de transformação que busca a preservação e conservação do ambiente natural e, consequentemente, da dignidade da vida, em todas as suas formas.
(*) Janaina Marchi é Coordenadora do Grupo de Trabalho Simbiose
Observação do Editor: para saber de outras ações do GT, vale ler também a nota “CIDADE. Grupo de Trabalho sobre Coleta Seletiva entrega “Manifesto” aos seis candidatos à Prefeitura”, publicado em 20 de outubro de 2020, quase um mês antes da eleição municipal, e cuja foto ilustra este texto (AQUI)
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