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PREFEITURA. Reforma administrativa ainda pode sair. Mas há novidade: fiscalização teria uma pasta própria

Em 25 de janeiro, exatos dois dias antes da tragédia da boate Kiss, com direito a muito rapapé e beija-mão, o prefeito Cezar Schirmer foi ao Legislativo e protocolou o projeto de reforma administrativa. Entre as medidas então ANUNCIADAS estavam o corte de Cargos de Confiança (com almejada economia mensal de R$ 56 mil), o fortalecimento do gabinete do Vice-Prefeito, a divisão da atual secretaria de Controle e Mobilidade Urbana (surgiria, dela, a secretaria de Desenvolvimento Urbano, permanecendo a Mobilidade Urbana no mesmo lugar) e a mudança de nome e redução de atribuições do Escritório da Cidade.

Num primeiro momento, após a tragédia, o projeto foi retirado da Câmara de Vereadores, que até já tinha sessão marcada para aprová-la – se possível num único dia e com chancela ultrarrápida das comissões legislativas. Depois, veio mesmo é o esquecimento. Houve quem dissesse, no Palacete da SUCV, que a proposta havia sucumbido, simplesmente.

Poderia ser. Mas não será. Algum tipo de mudança na estrutura administrativa haverá. Não se sabe, ainda, que medidas então propostas seguirá viva. O fato é que há quem, na prefeitura, esteja trabalhando na releitura e refazendo o projeto original. Especula-se, segundo fontes próximas ao prefeito, que o fim do Escritório da Cidade, assim como foi concebido, está mantido. Assim como o fortalecimento do gabinete do Vice-Prefeito, uma forma de compensar o PP, principal parceiro da aliança governista, por eventuais perdas de secretaria.

Mas a grande novidade, meeeeesmo, pode vir de outra banda. A secretaria de Controle e Mobilidade Urbana seria, sim, dividida. Mas a parte que dela sairia, segundo a intenção revelada pelo prefeito Cezar Schirmer a pelo menos dois interlocutores, centralizaria todos os processos de fiscalização do município. O editor repete: toooodoooos.

É consequência da tragédia, ninguém duvida. Embora mantenha o discurso de defesa do governo, junto à mídia e às autoridades, há consciência no Palacete de que algum tipo de problema houve, sem que com isso se esteja a culpar quem quer que seja. O problema seria estrutural. Que seria atacado exatamente com essa mudança na reforma.

Se vai acontecer ou não, ninguém ousa afirmar, entre os ouvidos pelo sítio. Mas que a ideia, por enquanto, tem se fortalecido é fato. Aguarde-se, portanto.

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4 Comentários

  1. e quem fiscaliza as fiscalizações?
    O secretário… o prefeito… perfeito?
    Exatmanete como é hoe.
    á há centenas de fiscais, bastaria eles estarem na rua, fazendo o que são pagos para fazer. Mudar é gerar mais um scretaria, um secretario, CCs,..

    Sei porque querem mais uma secretaria… fácil de saber.

  2. Louvável, mesmo que tardia, a ideia de criar uma pasta própria para fiscalização.
    Mas, há um outro lado, não houve um superavit no governo municipal no ano passado?
    Se este dinheiro fosse utilizado para sanar as falhas apontadas pelos fiscais da prefeitura em seus depoimentos à Polícia, talvez nem houvesse necessidade da criação de uma pasta específica.
    Segundo os fiscais, há falta de pessoal, de estrutura e de treinamentos específicos. Se tivermos pasta de fiscalização sem sanar estes problemas, será seis por meia dúzia.

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