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KISS, 1 ANO. Houve irregularidades no licenciamento da boate. Polícia, mais que não ter dúvidas, tem prova

Arigony em frente ao Hospital de Caridade, no dia seguinte à tragédia: provas existem
Arigony em frente ao Hospital de Caridade, no dia seguinte à tragédia: provas existem

A entrevista do delegado Marcelo Arigony, publicada originalmente no portal Terra, permite uma série de suposições acerca do desdobramento e das conclusões dos dois inquéritos que subsistem, ainda que acessoriamente ao principal, encerrado em março, acerca da tragédia da boate Kiss.

E, de todo modo, ainda são mesmo suposições, já que os policiais não adiantam a conclusão, menos ainda quem e quantos poderão ou não ser indiciados. No entanto, uma certeza foi possível ter, a partir do que disse Arigony: houve irregularidades. Quais e quem se responsabiliza por elas?

Tudo isso ainda demorará um tempinho, mas não muito, para se saber. Ah, a reportagem é de Daniel Favero e Marcelo Miranda Becker. A foto é do arquivo deste sítio. A seguir:

Delegado: ‘há provas materiais de irregularidades no licenciamento da Kiss’

O delegado regional de Santa Maria (RS), Marcelo Arigony, afirmou neste domingo que a Polícia Civil espera concluir, até o final de fevereiro, outros dois inquéritos que investigam a tragédia na Boate Kiss. Apesar de evitar adiantar as conclusões dos inquéritos, Arigony afirmou que há elementos suficientes para comprovar irregularidades na concessão de licenças para o funcionamento da casa noturna.

“Há provas materiais de que houve irregularidades nessa questão das licenças do funcionamento da boate”, disse Arigony, antes de participar de painel no Congresso Internacional Novos Caminhos – A vida em Transformação, que marca o primeiro aniversário da tragédia que provocou a morte de 242 pessoas em 27 de janeiro de 2013.

De acordo com o delegado, os inquéritos em andamento tratam de “fatos periféricos”, mas relacionados “ao fato principal”. “Embora os inquéritos não estejam concluídos, nós temos, sim, já evidenciadas alguma irregularidades, e isso vai ser tudo colocado nas conclusões finais do inquérito policial, e encaminhado novamente ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, para que eles, e também os advogados das partes, tomem as medidas que acharem de direito”, afirmou.

Bastante saudado pelos familiares presentes ao evento, Arigony se disse satisfeito com as conclusões do inquérito e evitou comentar a atuação do Ministério Público, que não viu provas suficientes para denunciar o prefeito Cezar Schirmer (PMDB) e funcionários da administração municipal. “Nós conseguimos dar as respostas que a comunidade esperava, e apontar todas aquelas circunstâncias que nós entendíamos que havia alguma vinculação ao fato. Nós temos a sensação que o nosso dever foi cumprido, e não nos cabe criticar ou fazer análise do que…” 

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Um Comentário

  1. Não entendi até hoje o motivo pelo qual o MP se antecipou aos fatos, cujo Sub-Procurador, em debate no conversas cruzadas da TVCOM, no dia que recebeu o inquérito policial, já inocentava a administração municipal e colocando em dúvida o trabalho da Polícia Civil, que durou quase dois meses e com mais de 10 mil páginas. O MP que é tão zeloso, em certas ocasião, a qual qualquer deslize de um administrador público, abre um Inquérito Civil Público, sendo que no caso da KISS, julgou antecipadamente (atribuição que não lhe compete), inocentando os administradores públicos.
    Ontem o Sub-Procurador disse na TVCOM que o MP não tem técnicos para fiscalizar o cumprimento dos “TAC’s. Se não tem técnicos, mas tem o poder de requisitar, conforme consta no site CNMP (http://www.cnmp.mp.br/portal/component/content/article/94-institucional/ministerio-publico/131-o-que-o-mp-faz-por-voce). E lá não está escrito que o MP tem função de julgar e sim de fiscalizar.

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