OBSERVATÓRIO. “Vocês foram fantásticos”. Quem?

Luneta

Porta arrombada, tranca de ferro. Agora, a prefeitura resolve revisar alvarás/licenças de funcionamento de quem tem música ao vivo. O que deveria ter sido permanente.

Resultado? Bares e outros estabelecimentos do gênero, em acordo com a lei, serão prejudicados. E estão (mais ou menos) quietos. O que não quer dizer faceiros.

Aí surge a pergunta inevitável: a saudável prática de fiscalizar, em benefício da população, não deveria ser algo regular?

No material em que anunciou a medida, quinta-feira, a assessoria da prefeitura não esconde, de jeito nenhum, a ideia de que o problema principal seria o trabalho dos bombeiros.

Quem esteve nos hospitais e no Centro Administrativo, entre a madrugada de domingo e a tarde de segunda-feira, presenciou um sem número de atos bravos.

Mas não foram poucos, também, os oportunistas de plantão. E alguns papagaios de pirata notórios. E que impuseram bastante dificuldade aos fotógrafos. Nem nas tragédias eles se emendam.

Palavras dos experimentados médicos Paulo de Tarso Monteiro Abrahão e Néio Lucio Fraga Pereira, da coordenação da Força Nacional do SUS, precisam ser destacadas.

Disseram ambos, em várias ocasiões, que o trabalho dos profissionais médicos e de enfermagem e de outras atividades afins foi fantástico, especialmente na dolorida madrugada/manhã de domingo, 27 de janeiro.

E foi, mesmo. Um leigo (como este jornalista, que está há 30 anos no jogo) que frequentou os corredores dos hospitais pode constatar: esse pessoal é algo do qual Santa Maria pode se orgulhar.

Pode apostar, leitor: não fosse o trabalho deles, de enfermeiros e técnicos, dos assistentes sociais, higienizadores, outros profissionais e de voluntários muito especiais, e a tragédia (em sim mesma absurda) poderia ter sido maior. Palmas pra eles.

Nas próximas duas semanas, mais uma vez a coluna estará a cargo do jovem e talentoso Maurício Araújo. O titular volta no dia 23. Até lá.

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