OBSERVATÓRIO. Não teve pra ninguém. Câmara vence, e fácil, o “Grande Prêmio Observatório 2013”
O “Grande Prêmio Observatório” é honorífico. Fica o registro, sempre, na última coluna do ano. O “troféu” é a publicação. Não merecerá, portanto, qualquer sessão solene a entrega, neste ano, para a Câmara.
É verdade, e isso precisa ser destacado, que os edis trabalharam bastante, em 2013. A Razão, mesmo, em sua edição pré-natalina, trouxe mais de uma centena de propostas aprovadas. Não passam de uma dezena as que interessam ao conjunto da comunidade, mas nem por isso deixam de ser importantes. Logo, o ano poderia ser promissor. Poderia.
Ocorre que fatos absolutamente fora do prumo aconteceram. A eleição de um oposicionista com apoio de trânsfugas do governo foi só o episódio final. O primeiro, talvez, tenha sido a criação da CPI da Kiss e suas consequências. Nascida mal, surgida na oposição minoritária (de ondem surgem historicamente as CPIs) foi parida pelos governistas exatamente para que desse no que deu: em nada. Invenção do colunista? Não, confissão expressa em gravação divulgada publicamente.
Há mais “méritos” para levar o GP. Outro: é a primeira vez, conforme o bestunto (e os arquivos) do repórter, voltando ao menos 30 anos no tempo, em que uma subcomissão não é instalada por falta de integrantes. Pior: pela recusa de um, no caso Anita Costabeber, impediu-se a formação do quórum mínimo de três – ditos únicos em condições de avaliar eticamente a conduta dos edis que assinaram o requerimento da CPI da Kiss.
Vergonha. Absoluta vergonha. Incapacidade de decidir. Tudo o que não se quer de eleitos pelo povo. Uma porção deste povo, por sinal, que ficou uma semana dentro do Palacete da Vale Machado, enxotando os ocupantes legítimos, obrigados a reunir-se numa esquina qualquer, naquele período.
Alguém contesta o mérito do “prêmio”?
Pelo menos não tiveram nenhuma idéia genial do tipo proibir a venda de bebidas alcoolicas a 500 metros de hospitais e escolas (não lembro direito da distância).
Vergonha para quem teve os interesses atingidos, para grande parte da população foi totalmente irrelevante. Para outros uma manobra legítima.