OBSERVATÓRIO. Já imaginaram se a gravação surge? É o pânico pelos corredores do parlamento

Luneta

Uma gravação que teria sido feita, supostamente comprovando pressão sobre o edil Tavores Fernandes, pelo governo, é o tema principal nos bastidores da Câmara.

Ainda não se sabe, mas é improvável que os vereadores encaminhem qualquer tipo de sugestão de enquadramento de edis pela Comissão de Ética.

Ideia dominante, no parlamento, é reduzir tensões com a comunidade. Iniciativa é louvável, mas sugere também que isso seja feito as custas de jogar fatos para baixo do tapete.

Luta regional pela passagem do traçado da futura ferrovia Norte-Sul por Santa Maria mobiliza deputados e vereadores. Não se nota o mesmo entusiasmo na prefeitura.

Uma prova disso é a ausência institucional (pelo menos com a relevância que se esperaria) nas reuniões, inclusive audiências públicas, que têm sido realizadas.

Parece cada vez mais evidente, também, que o jogo de 2014 pesa muito mais do que o interesse público, em algumas decisões sobre assuntos que interessam a sociedade.

Não custa alertar: se alguém imagina que os protestos que ocorrem se dão apenas pela eventual redução (ou manutenção) do preço da tarifa urbana, cairá do cavalo.

A tragédia que matou 242 jovens e feriu mais de 600 teve efeitos mais que eloquentes na vida da cidade. E, lá adiante, também provocará consequências políticas relevantes.

Exemplo? Há candidaturas a prefeito que eram plano A. De repente viraram plano B. Agora já estão no subsolo. Não demora e sumirão, virando opção Z.

E isso, como diria o leitor Erony Paniz, veterano militante político e vice-presidente do PP/SM, não vai acontecer apenas “alhures”, mas aqui, bem pertinho.

Há convicção, já expressa algum tempo atrás, em A Razão: se Santa Maria passar pelo recadastramento biométrico do eleitorado, adeus possibilidade de segundo turno.

Forrobodó envolvendo projeto que concedia reajuste salarial a prefeito, vice e secretários ainda não parece suficientemente explicado. Ou parece?

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