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Sem aumento. Não será agora que o vereador de Santa Maria vai ganhar R$ 9,2 mil

Funcionou a pressão da sociedade. Não há a mínima dúvida: sem ela, que respondeu negativamente e com intensidade poucas vezes vistas, e estaria confirmado o aumento do subsídio dos congressistas de R$ 12,8 mil para R$ 24,5 mil. O resultado foi consolidado no final da noite de ontem, quando a Câmara dos Deputados decidiu, no voto, que o assunto vai ficar para o ano que vem, já com uma nova Legislatura – que será, sem dúvida, muito mais fiscalizada pela opinião pública.

Com o adiamento, para 2007, da discussão em torno dos salários dos parlamentares, os deputados estaduais gaúchos, que poderiam passar a ganhar perto de R$ 18,3 mil, também continuarão recebendo os atuais R$ 9,6 mil. E os edis santa-marienses que, pelo efeito cascata, teriam no contracheque, já em janeiro, algo como R$ 9,2 mil, ficaram (no caso dos interessados, obviamente) apenas na vontade. E continuam ganhando, por enquanto, algo como R$ 4,7 mil. O que é muito ou pouco, dependendo do trabalho que é feito. Você decide.

A propósito do que a Câmara dos Deputados decidiu ontem, e todos os bastidores da discussão, vale a pena ler o que escreveu o jornalista Ricardo Noblat em sua página na internet. Acompanhe:

”Aumento só em 2007

Depois de tanta confusão, indignação, idas e vindas, os deputados resolveram adiar para 2007 a discussão do aumento salarial de parlamentares e o fim das regalias, como 15 salários anuais e a ajuda de custo de R$ 15.000 mensais.

Nem R$ 24.500, nem R$ 16.500. Os próximos deputados e senadores chegarão a Brasília com o mesmo salário de hoje – R$ 12.847.

A sessão da Câmara começou com o fim das verbas indenizatórias – de R$ 15.000 para despesas de deputados nos estados -, a extinção de 14º e 15º salários e o reajuste em pauta. Porém, lideranças do PL, PTB, PMDB, PPS, PSB e PP apresentaram requerimento para retirar o assunto da pauta.

Essas lideranças argumentaram que os próximos congressistas, que receberão este novo salário, têm mais legitimidade para decidir quanto receberão. Argumentaram também que, na falta de acordo, qualquer resultado poderia passar hoje na sessão da Câmara, inclusive a aprovação do salário de R$ 24.500 para deputados e senadores. Apenas o PDT manteve posição contrário. Miro Teixeira (PDT-RJ) queria que fosse a voto o fim das regalias, mesmo que não se discutisse o salário. Mas foi vencido.

Em votação simbólica, ficou tudo para 2007. Assim, em 2007, os novos deputados e senadores discutirão de uma só vez o fim das próprias regalias, a regulamentação do teto do serviço público e o corte dos salários de quem recebe mais do que o limite do funcionalismo – R$ 24.500. Agora, é ficar de olho no novo Congresso para evitar que um novo supersalário seja proposto.”


SE DESEJAR ler também outros textos analíticos sobre o mesmo tema, pode fazê-lo acessando a página do jornalista na internet, no endereço www.noblat.com.br.

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