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Números. Saiba quanto a Câmara de Vereadores gastou em janeiro. Parcela maior é com salários

Chegará o dia, inclusive porque a transparência foi uma promessa de campanha do prefeito Cezar Schirmer, em que o cidadão poderá tomar conhecimento sobre o destino das finanças administradas pela prefeitura. Por enquanto, é preciso dizer que na Câmara de Vereadores, presidida por João Carlos Maciel, por mais que algumas restrições existam (a discriminação de gasto com combustível na cota dos edis, por exemplo), a questão financeira é perfeitamente fiscalizável pela população.

 

Ainda que com algum atraso – creditado pela assessoria do presidente da Casa a um problema com o prestador de serviço de informática – foi publicado na tarde de sexta-feira, o balancete de janeiro de 2009, do Poder Legislativo. Aliás, algo que acontece desde 2002. Os números estão disponíveis na internet, para quem se dispuser a verificar.

 

Foi o caso deste (nem sempre) humilde repórter. Que fez mais: comparou com o balancete de um ano atrás – no caso, janeiro de 2008. Sem fazer juízo de mérito (embora isso até seja possível, mas não é o propósito, neste momento) é possível afirmar que, se houvesse uma Lei de Responsabilidade Fiscal para o Legislativo, haveria um grande problema. Afinal, salvo equívoco claudemiriano, as prefeituras não podem dispor de mais de 55% com o pagamento de salários. Esse preceito longe está de ser seguido pela Câmara – e tenho a impressão, que por quaaaalquer Câmara, não apenas a da boca do monte.

 

Indo aos números, se é possível constatar que praticamente não houve pagamento de diárias no primeiro mês do ano, como já havia ocorrido em 2008, é impressionante o percentual dispensado ao pagamento de salários, incluídos os subsídios dos parlamentares.

 

O orçamento total de 2009 é de R$ 9,580 milhões – cerca de 14% mais que os R$ 8,406 milhões do ano passado. Em 2008, no primeiro mês, foram utilizados 460.659,95 (5,5 % do total). Agora, em 2009, foram 504.322,17 (5,3% do total). Números bastante aceitáveis e normais, cá entre nós, dentro do orçado para os 12 meses.

 

A questão toda, e um dia (goste-se ou não) haverá a necessidade de debruçar-se sobre ela, é o quanto significa, no todo, o pagamento de salários e subsídios. Só para ficar num dado, de 2009: o orçamento prevê, para essas despesas, R$ 6.170 milhões, nada menos que 64,5 % do total – incluindo-se, nesse cômputo, a previdência social, as diárias e as horas extras previstas. Ah, são R$ 1,780 milhão com os vereadores (18,7% do total do orçamento) e R$ 4.390 milhões com os servidores (45,8%).

 

CONFIRA AQUI O BALANCETE DE JANEIRO DE 2009.

 

CONFIRA AQUI O BALANCETE DE JANEIRO DE 2008.

 

CONFIRA AQUI , SE DESEJAR, TODOS OS BALANCETES MENSAIS – DESDE JANEIRO DE 2002.

 

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