OBSERVATÓRIO. 44 mil votos pra cá, 61 mil pra lá
O colunista resolveu ir aos números. E constatou, tomando o resultado da eleição geral de 2010 como base, que os santa-marienses destinaram, para concorrentes sem domicílio eleitoral na cidade, em percentual redondo, 41,5% dos votos válidos (todos, menos nulos, brancos e abstenções) para a Câmara dos Deputados.
E olha que, com um olhar benevolente, dadas as razões históricas, incluiu na lista o tucano Nelson Marchezan Júnior, que é da capital. Os demais foram os petistas Paulo Pimenta e Fabiano Pereira, o pedetista Marcelo Bisogno e o pepista João Carlos Salvador.
No total, foram levados para longe da comuna, 60.959 votos. Logo, sobraram aos santa-marienses 86.053 – ou 58,5% dos 147.012 votos válidos. Há um manancial de apoio disponível, e que escorre para longe da comuna.
A situação é diferente, mas não muito, para a Assembleia Legislativa. E se explica, certamente, pelo número maior de candidatos locais. Observatório identificou uma dezena, há quatro anos: Valdeci Oliveira, Jorge Pozzobom, Tubias Calil, Sandra Rebelato, Ovídio Mayer, Pastor Oseas, Sandra Feltrin, Vilmar Galvão, Laurindo Lorenzi e Valmir Cezar.
Esse grupo, somado, obteve 104.844 votos. O que significa 71,5% dos votos válidos. Ainda assim, sobrou uma montanha de apoio aos nomes de forasteiros, que alcançaram 44.195 votos – ou 28,5% do total.
Resumo da ópera: como haverá um número semelhante ao de quatro anos atrás, de candidatos a deputado federal e a estadual, o desafio é, do ponto de vista de Santa Maria (e sem qualquer ranço de xenofobia, apenas de privilegiamento dos interesses locais), como fazer para “trazer para casa” esses votos boiantes: 44 mil para a Assembleia e 61 mil à Câmara. Não será fácil, ah, não será.
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