Análise (2). Vitória de Schirmer põe na gaveta as divergências também no PMDB de Santa Maria
Nas últimas três convenções do PMDB de Santa Maria houve disputa. E das grandonas. A penúltima, em 2005, teve a imposição absoluta de uma corrente (apoiada por Cezar Schirmer e operada por seu afilhado e representante político Tubias Calil) sobre outra, inclusive com chapa única, descartando nomes importantes da sigla, na composição do Diretório Municipal. Quem quiser saber mais, basta dar uma olhada no arquivo deste sítio, e buscar outubro de 2005. Não falta material a respeito.
A última convenção, em outubro de 2007, inclusive porque colocada imediatamente antes de uma campanha eleitoral, obrigou os vencedores de dois anos antes a uma composição impensada na outra época. Mesmo assim, a chapa apresentada aos convencionais só foi formada à última hora, com cargos importantes sendo cedidos aos que questionavam o poder dominante.
O presidente escolhido, por consenso, foi Renato Nicoloso, o assessor do então deputado Schirmer. O vice, porém, Robson Zinn, aceitou o cargo em nome da unidade – ele que pleiteava a presidência e se dispunha a concorrer no voto. Acordo, penso, não se questiona. Afinal, é aceito por todos e deve ser cumprido sem queixas – que, diga-se, não existem. Mas isso não significa necessariamente comunhão de idéias e propósitos.
O fato é que, em 2007, o peemedebismo santa-mariense deu mostra, enfim, de que havia algo maior a ser conquistado: no caso, a prefeitura de Santa Maria. O êxito é evidente. Unido (pela primeira vez nos últimos 15 anos), o partido conseguiu trazer para seu lado o PP (de José Farret) e Jorge Pozzobom (mais que o PSDB, que ele preside) e vitoriou-se nas urnas. As demais siglas aliadas foram importantes do ponto de vista numérico, mas irrelevantes politicamente.
Então, está tudo bem? Sim, nas aparências. As divergências são cristalinas no PMDB de Santa Maria. E são inclusive ampliadas, por conta da criticada lentidão com que os cargos são preenchidos no Executivo Municipal. Mas são latentes. Sublimadas. E não explodem. Afinal, melhor deixar as dissidências na gaveta, em favor de uma boa administração municipal. Sim, são elevados os interesses de todos. E não vale a pena expor as entranhas publicamente. É a sensação.
Quanto tempo vai durar esse sentimento solidário? Ninguém sabe. Pode ser até que dure muito tempo. Pode ser.
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