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Campanha. Sedufsm recebe apoio de candidatos à prefeitura, em debate marcado pelas claques

Reproduzo, a seguir, relato acerca do debate ocorrido na noite de ontem, no Clube Caixeiral, em promoção dos sindicatos docentes das redes públicas – municipal, estadual e federal. Quem assina o texto é o jornalista Fritz Nunes, da assessoria de imprensa da Seção Sindical dos Docentes da UFSM. A foto é de Jamille Peres. Acompanhe:

 

“Candidatos a prefeito de Santa Maria

manifestam apoio à SEDUFSM/ANDES

 

Em um debate cujo tema principal era “Educação”, quarta à noite, no Clube Caixeiral, quem, em diversos momentos, acabou roubando a cena do evento que deveria ser pautado pelo respeito e pela discussão de idéias, foram as claques de Paulo Pimenta e Cezar Schirmer. De um lado, os apoiadores do petista, que aplaudiam Pimenta e vaiavam Schirmer em suas respectivas falas. De outro, os apoiadores do peemedebista, que em determinado momento chegaram a desacatar Pimenta. Mesmo com esses incidentes, houve vários períodos em que a crítica se centrou no plano político entre os três candidatos. Na etapa em que foram feitas as perguntas das entidades, destacou-se a questão levantada pela SEDUFSM sobre o recente ataque do ProIFES junto com a CUT, na tentativa de substituir o ANDES como legítimo representante sindical do Movimento Docente. Os três candidatos: Sandra Feltrin (P-Sol/Frente de Esquerda, Santa Maria em tuas mãos), Paulo Pimenta (PT- Santa Maria não pode parar) e Cezar Schirmer (PMDB- Por uma Santa Maria Melhor) mostraram-se solidários tanto à Seção Sindical dos Docentes (SEDUFSM) como também ao Sindicato Nacional dos Docentes (ANDES).

 

O candidato petista destacou que em sua trajetória como líder estudantil na UFSM sempre teve um bom diálogo com o Movimento Docente. Pimenta afirmou ainda que, para ele, os interlocutores dos professores universitários são o ANDES e a SEDUFSM. A candidata da Frente de Esquerda ressaltou que gostaria que Pimenta usasse a mesma força em suas críticas contra o governo federal, que estava tentando legitimar uma entidade como o ProIFES, que ele usava para criticar a postura autoritária que o governo Yeda em relação aos movimentos sociais. Para Sandra, o governo Lula estaria tentando acabar com a autonomia do movimento sindical.

 

Aproveitando a carona da pergunta efetuada pela SEDUFSM, Schirmer desancou Pimenta e o PT. Segundo o peemedebista, que disse ter uma trajetória em defesa da universidade pública, o que a CUT e o PT estavam fazendo com o ANDES era uma ação “golpista”. Querem dividir para reinar, frisou Cezar Schirmer. O peemedebista foi ainda mais duro e disse que “o PT não consegue conviver com o pluralismo” e que estaria instituindo o “peleguismo sindical”. Em sua réplica, Paulo Pimenta voltou a destacar que respeita tanto a SEDUFSM como o ANDES e, que, se houver setores da CUT ou do governo que estão tentando desestabilizar esses sindicatos, ele não concorda. Também informou que já havia procurado conversar sobre o tema com ex-dirigentes do sindicato dos docentes, e que hoje atuam na prefeitura de Santa Maria, citando os professores Carlos Pires e Marian Moro.

 

PISO– Um dos momentos de maior enfrentamento entre os candidatos foi quando o Sindicato dos Professores fez a pergunta sobre como os candidatos avaliavam a recente aprovação do piso nacional salarial do magistério, cujo valor é de R$ 950,00. Todos foram unânimes em considerar positiva a aprovação da proposta. Entretanto, o candidato Cezar Schirmer acabou sendo atacado tanto por Pimenta como por Sandra Feltrin neste tema. Para o petista, Schirmer é da base de apoio da governadora Yeda Crusius (PSDB), que é uma das contestadoras de vários aspectos do novo piso, principalmente no que se refere à carga horária dos docentes.

 

Sandra, em um dos blocos em que pode perguntar para Schirmer, questionou-o sobre a coerência de ele estar defendendo o novo piso, mas, ao mesmo tempo, quando foi secretário da Fazenda do governo Pedro Simon, em 1987, foi um dos responsáveis pela derrubada do piso de 2,5 salários mínimos para o magistério estadual. Schirmer se defendeu e disse que, à época, além de não haver recursos para pagar aquele valor, a lei, aprovada no apagar das luzes do governo anterior, teria sido considera inconstitucional, inclusive pelo Supremo Tribunal Federal.

 

O debate entre os candidatos a prefeito de Santa Maria, ocorrido na noite desta quarta, 10, para uma platéia que lotou o Clube Caixeiral, foi organizado pela Seção Sindical dos Docentes da UFSM (SEDUFSM), Sindicato dos Professores Municipais (SinProsm) e 2º Núcleo do Centro dos Professores do Estado (CPERS). A mediação coube ao jornalista que atua na Coordenadoria de Comunicação Social da UFSM, Candido Otto da Luz, que teve muita dificuldade para arrefecer os ânimos da militância e assim permitir o prosseguimento normal do debate. O encontro foi transmitido “ao vivo” pela Rádio Universidade de Santa Maria e teve a cobertura dos dois principais jornais da cidade.”

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui, se desejar, também outras reportagens produzidas e distribuídas pela assessoria de imprensa da Sedufsm.

 

 

 

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