IMPRESSA. Na coluna desta segunda, o ‘dia seguinte’ e o peso político do impeachment no processo eleitoral
Você confere a seguir, na íntegra, a coluna do editor do sítio, publicada na edição desta segunda, 18 de abril, no jornal A Razão:

O dia seguinte e o peso político em Santa Maria
No momento em que esta coluna é escrita ainda é desconhecido o desfecho da sessão deste domingo, na Câmara dos Deputados, que discute e vota a admissibilidade (ou não) do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Qualquer que seja o resultado, porém, é indiscutível que algum peso terá no processo eleitoral de Santa Maria. Aqui descobriu-se, à undécima hora, que, dos seis concorrentes à Prefeitura, seis defendem a derrubada da Presidente. Dois, não.
O que isso significa? Dependerá dos próximos meses, independente do que decidiram os deputados e, se for o caso, dos senadores, adiante. Mas é rigorosamente certo que não haverá, no plano local, vencedor único. Ou perdedor único.
Há, enfim, muitas variáveis a ser estudadas. Mas, e isso é um palpite claudemiriano que o tempo comprovará ou não, a tendência, como sempre, é que, na campanha e, sobretudo, no voto, o que valerá mesmo é a comuna, o bairro, a esquina. Ponto.
CONCEITO DE GRUPO…
Dentro do “conceito de grupo”, explicação utilizada por seu próprio presidente, Luiz Gonzaga Trindade, em entrevista a A Razão publicada no final de semana, o PP poderia até abrir mão da cabeça da chapa.
…E SEU LIMITE, NO PP
Mas há um limite. O presidente pepista já sabe que o diretório do partido barrará aliança com o PSB, o que se choca contra os interesses de outro parceiro, o PMDB – para o qual até poderia valer o “conceito de grupo”.
PUDOR SELETIVO
Não é incomum a crítica (correta) aos métodos utilizados por Presidentes da República, que, em nome da governabilidade, “loteiam ministérios e cargos” para partidos, em troca de votos no Congresso Nacional.
PUDOR SELETIVO (2)
O mesmo método, porém, é usado no Estado e no Município. Governadores e prefeitos também em nome da tal governabilidade, entregam secretarias até a quem não confiam. E não nos chocamos. Por quê? É pela proximidade?
O loteamento de cargos é normal, mas nem todo loteamento é igual. Uma coisa é o loteador dizer: “indique alguém capaz de assumir o cargo e depois discutimos”, Outra coisa é falar: “mande o nome do sujeito que sai na edição extra do diário oficial agora de tarde”. Simples, mas nem todos entendem.