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Os sinais são claros. Adesão de Jorge Pozzobom e do PSDB ao Frentão é só questão de tempo

No sábado, o PSDB realizou encontro regional em Santa Maria. Houve quem imaginasse, no evento, a oportunidade perfeita para Jorge Pozzobom (foto), que preside o partido, anunciasse sua decisão de renunciar à pré-candidatura a prefeito, aderindo de mala e cuia ao Frentão Oposicionista.

 

Não ocorreu – como o leitor da coluna Observatório (no jornal A Razão) e deste (nem sempre) humilde sítio já sabia. O adjunto da Secretaria Geral do Governo do Estado, como escrevi, deixou claro que a questão Santa Maria, e também Porto Alegre, é debatida em nível de Diretório Nacional.

 

Bem, isso é o que Pozzobom diz – e o faz, imagino, por razões estratégicas. O que ele e seus aliados sinalizam, porém, é que a adesão se dará em pouco tempo. Faltam o discurso da meia volta – afinal, até poucos dias atrás dizia não desistir de concorrer a prefeito – e a oportunidade. Enquanto isso, negocia-se a forma política como se firmará o acordo – como foi indicado, inclusive, conforme apurei, em reunião dos tucanos santa-marienses realizada ontem à noite.

 

Hein? Isso mesmo. Por exemplo: como se dará a aliança em nível proporcional? O tucanato quer um parceiro, quem sabe o DEM, que hoje está com o PMDB, e o PPS. É o sonho. Mas irrealizável, porque o PMDB não quer estar junto com o PP, e este adoraria o contrário. O que implicaria em três alianças proporcionais em torno do frentão. O que, para muitos poderia ser o ideal, para não poucos é garantia de encrenca na hora da campanha propriamente dita. Então, a tendência de hoje é fechar dois grupos. Quais e em qual dele entrará o PSDB é o que precisa ser resolvido.

 

Outro exemplo: qual será a participação de Pozzobom na campanha, na medida em que não estará na chapa majoritária nem, por questões legais, poderá mais concorrer à vereança. Isso apesar de haver gente em busca de uma saída jurídica capaz de permitir essa possibilidade. Não é improvável, inclusive, que o líder tucano continue no cargo, em Porto Alegre, se tornando a ponte política entre o Frentão e o Palácio Piratini.

 

E um terceiro ponto: como se dará a participação do PSDB num futuro governo Schirmer/Farret. Sim, a questão de cargos (e é assim que funciona) já é discutida no âmbito das alianças. De todas elas, acrescente-se.

 

Resolvidas essas situações, que não são exatamente fáceis, mas já foram muito mais complicadas, se dará o anúncio: sim, Pozzobom fechou com o Frentão. É uma questão de tempo, apenas. São, mais que as palavras, os sinais.

 

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