Do Site Paralelo 29 / Com informações do G1, da Agência Brasil e do STF (*)
O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar nesta sexta-feira (27) o empresário Eduardo Zeferino Englert, sócio de uma ferragem, em Santa Maria, e mais cinco pessoas pela invasão de prédios públicos em 8 de janeiro deste ano, em Brasília. O ministro Alexandre de Moraes pediu pena de 17 anos para ele.
Englert, de 41 anos, foi preso no Palácio do Planalto, juntamente com outros apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante manifestações contra a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os ativistas bolsonaristas também defendiam um golpe militar no país com a derrubada de Lula.
Englert fez publicações em suas redes sociais, registrando sua localização durante uma parada na BR-285, no Norte do Estado, em 6 de janeiro, uma sexta-feira, dois antes da invasão da Praça dos Três Poderes.
Uma segunda publicação registrou a presença dele em Goiânia, na manhã de 8 de janeiro, um domingo. Em uma terceira postagem no Facebook, o empresário fez uma referência à música Faroeste Caboclo, a banda Legião Urbana: “Diz ele, estou indo pra Brasília, neste país lugar melhor não há”.
O santa-mariense foi preso no Palácio do Planalto. A Polícia Federal apreendeu o celular dele e encontrou vídeos com cenas de invasão dos prédios, entre outras provas. Englert ficou preso preventivamente até 8 de agosto, quando foi solto por decisão de Alexandre de Moraes.
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Moraes pede condenação de todos
Alexandre de Moraes, que é relator, foi o primeiro a votar. Além da condenação do empresário santa-mariense, para o qual Moraes defende pena de 17 anos de prisão, o ministro votou pela condenação dos outros réus a penas que variam de 14 a 17 anos de prisão.
Os advogados dos réus pediram ao STF a absolvição dos réus. Ou seja, que a Corte rejeite as acusações da Procuradoria-Geral da República (PGR) por falta de provas. Ainda faltam os votos de 10 ministros.
Quem é Eduardo Zeferino Englert
. Comerciante de 41 anos de idade, é sócio de uma ferragem no Bairro Dom Antônio Reis, na zona Sul de Santa Maria
. No perfil de Englert, consta também que ele tem uma empresa de personalização de objetos para presentes e brindes, como canetas, copos e camisetas
Retrospecto não é bom para santa-mariense
Se depender de outros casos julgados pelo STF até agora, a situação de Eduardo Zeferino Englert não é nada boa. Até agora, o STF já condenou 20 réus acusados pela PGR, com penas que vão de 3 a 17 anos.
A maioria foi condenada por cinco crimes, entre eles golpe de estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e associação armada.
O STF ainda deve julgar mais 200 réus apontados como executores dos atos golpistas de 8 de janeiro. Eduardo Zeferino Englert é o primeiro a ser julgado de 11 ativistas da região de Santa Maria que viraram réus no Supremo por partição nos atos de 8 de janeiro.”
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(*) Esse material foi publicado com a autorização do editor do Paralelo 29, dentro do acordo de parceria que une os dois sites.
Vai virar ‘exemplo’ que nem os outros. Summum ius, summa iniuria.