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É tudo um jogo. Lula finge que não apóia Jobim. E o PMDB pró-Temer finge que acredita

Se nada acontece de diferente – e quem diz que não pode? – daqui a 10 dias um grupo superior a 700 militantes qualificados (dirigentes partidários, parlamentares e delegados nomeados em nível estadual) estarão em Brasília para a Convenção Nacional do PMDB, a maior agremiação partidária do país.

 

No Distrito Federal, esse contingente deverá, entre outras ações, escolher a nova Executiva Nacional peemedebista. Para a presidência, há dois concorrentes: o atual ocupante do cargo, Michel Temer, e o desafiante, Nelson Jobim (aliás, como se sabe, santa-mariense). E há, que novidade, uma grande divisão na sigla.

 

De novo, novo mesmo, nessa história é o interesse do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Que, como se sabe, é do PT. Ele não diz, e nem precisa, que gostaria que seu amigo, Jobim, fosse o eleito. Só que… Bem… Melhor você ler o que escreve, no Blog dos Blogs, o talentoso Tales Faria, do Informe JB, do Jornal do Brasil. A seguir:

 

“Lula com PMDB: engana que gosto

O ministro Tarso Genro teve ontem uma conversa muito cordial com o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), que é o candidato dos chamados neogovernistas do partido à reeleição para o comando da legenda. Tarso reafirmou que o presidente Lula não intervirá nas eleições para a nova comissão executiva do partido que deverão ocorrer no mês que vem.

O que Tarso não contou a Temer foi que o presidente Lula aproveitou a sonolência da mídia na semana pós-Carnaval e teve encontro discreto com um velho amigo, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim. Trata-se do adversário de Temer na convenção peemedebista.

Jobim é o favorito de Lula para presidir o PMDB. Se o encontro fosse para decidir algo em favor de Temer, não havia motivo para mantê-lo em sigilo.

Mas não faz mal. Esse jogo de “engana que eu gosto” o PMDB também sabe jogar muito bem. No encontro de ontem, Tarso voltou a insistir com Temer que o presidente quer nomear o sanitarista José Gomes Temporão ministro da Saúde, na cota do PMDB da Câmara.

Temer não disse nem que sim nem que não. Só respondeu que terá dificuldades para convencer a bancada. Mas também não descartou a hipótese, mesmo sabendo que os deputados do PMDB não querem Temporão.

Afinal, se isso valer pelo menos um ministério para outro peemedebista, o deputado baiano Geddel Vieira Lima, talvez a bancada aceite. Depois, basta não colocar no painel todos os votos que o governo precisar. Ou seja: o presidente finge que contempla o PMDB e o PMDB fingirá que vota com o governo.
”

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