As várias desculpas pelos mesmos de sempre – por Marionaldo Ferreira
“Frio extremo no RS atua como teste de estresse para estruturas de governança”

A governança no Rio Grande do Sul, especialmente diante de chuvas, revela a intersecção crucial entre a capacidade administrativa e os desafios impostos pelo clima. Um pensamento lógico sobre essa situação aponta que a qualidade da governança não se mede apenas pela estabilidade em tempos normais, mas principalmente pela sua resiliência e eficácia em momentos de adversidade.
O frio extremo no estado, com suas consequências para a saúde pública, infraestrutura (como o abastecimento de energia e água) e a economia (especialmente a agricultura), atua como um “teste de estresse” para as estruturas de governança.
Uma resposta lógica e eficiente exigiria: Planejamento e Prevenção. A existência de planos de contingência bem elaborados, que contemplem a identificação de áreas e populações vulneráveis, a preparação de abrigos, a distribuição de agasalhos e alimentos, e a manutenção preventiva de infraestruturas críticas.
Coordenação Intersetorial. A capacidade de diferentes órgãos governamentais (saúde, assistência social, defesa civil, infraestrutura) trabalharem de forma integrada e ágil para mitigar os impactos do frio.
A habilidade de informar a população sobre os riscos, as medidas de proteção e os serviços disponíveis, garantindo que a informação chegue a todos, especialmente aos mais necessitados.
A prontidão para mobilizar e direcionar recursos financeiros e humanos de forma eficiente para as áreas e ações mais urgentes.
Em suma, o frio no Rio Grande do Sul não é apenas um fenômeno natural; ele se torna um espelho da governança, expondo a necessidade de uma gestão pública que seja não só reativa, mas fundamentalmente proativa e adaptável às realidades climáticas e sociais do estado.
(*) Marionaldo Ferreira é especialista em governança pública, mentor de líderes e consultor em gestão e captação de recursos para municípios. Atua na formação de servidores e agentes públicos e é autor do livro Governança Pública e Suas Possibilidades.
Resumo da opera III. Não é um papel do governo que garante alguma coisa. Nem toda desgraça pode ser evitada. Vide acidente que matou o jornalista Boechat. Um compressor do helicoptero não passou na vistoria. Arrumaram um compressor novo e trocaram a peça. Nova vistoria com sucesso. Conseguida a licença destrocaram a peça nova pela velha que tinha problema. Como dizia Efeaga, ‘assim não dá, assim não pode’.
Resumo da opera II. Existe um problema cultural e estrutural. Complicam a burocracia para garantir obras bem feitas e evitar as ‘beiradas’. Não garantem nada e não evitam nada. O prejuizo com o atraso das obras é muito maior que as eventuais ‘comissões’. Principalmente no caso de obras contra cheias. Obviamente a roubalheira tem que ser punida.
Resumo da opera. E Brasil. Tem um pessoal na aldeia que gosta de ir para os microfones e chorar as pitangas porque as obras da 287 não saem, porque tem que pagar pedagio, porque mimimi. Uma boa tatica para não cobrar as mazelas da urb, afinal o alcaide é da patotinha e paga anuncio. Travessia urbana já ficou pronta? Casa de Cultura? Centro de Eventos? Elefante Branco do Cabidão?
Vamos combinar que para todas as outras obras estaduais não deve ser muito diferente. E o secretario não falou em licenciamento ambiental, liberação de verbas, recursos nas licitações. Chutaria no minimo 2040 como prazo real. Sujeito a chuvas e trovoadas. Literalmente.
Semana passada zapeando pelo radio parei na Rede BullShit. Entrevista com o secretario estadual de reconstrução. Economista. ‘Não somos engenheiros’, ‘tudo é muito tecnico’, ‘obras complexas’, ”envolve remoção de pessoas’, ‘população tem que compreender’. Fato é que para um dique não terminaram a elaboração da licitação que vai escolher a empresa que vai fazer o projeto executivo. Depois tem a licitação da empresa que vai executar a obra. Resumo, prazo é 2031.
O pessoal das ‘vacas esfericas colocadas no vacuo’ ataca novamente. Muitas palavras bonitas, tem que ser assim, tem que ser assado.