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Os verdadeiros heróis não usam capa, mas sim coragem – por Luís Henrique Kittel

O trabalho dos bombeiros voluntários, dos militares e o necessário apoio

Quem, quando criança, nunca sonhou em ser um super-herói? Vestir a capa, voar pelos céus ou ter superpoderes para salvar o mundo? Entretanto, a vida logo nos ensina que o verdadeiro heroísmo não está nos feitos sobrenaturais, mas sim na coragem de agir justamente nos momentos mais desafiadores.

Ser herói, na vida real, é colocar o outro acima de si mesmo. É se doar sem esperar aplausos. E essa é a missão diária dos bombeiros – voluntários ou militares.

No último sábado, 15 de março, Agudo sediou a Assembleia Estadual da Voluntersul, entidade que representa os Corpos de Bombeiros Voluntários do Rio Grande do Sul, reunindo representantes de 22 municípios reforçando a importância dessas corporações para a segurança pública dos gaúchos.

Agudo é privilegiado por contar com um grupo de pessoas que dedicam seu tempo e preparo – e muitas vezes arriscam a própria vida – para proteger nossa comunidade. Eles atuam nas emergências, nos salvamentos diários, no combate a incêndios e em diversas situações que garantem a nossa segurança.

Ainda me lembro como se fosse ontem o momento em que Agudo – assim como tantas cidades do nosso estado – viveu um dos capítulos mais difíceis da sua história. A força da água, os resgates, o medo estampado no rosto das pessoas e, em meio a tudo isso, a coragem de quem não hesitou em servir o próximo.

Naquela calamidade pública, testemunhamos o verdadeiro significado da palavra “voluntário”. Eles não esperaram ordens, nem mediram esforços, estavam lá, protegendo vidas.

Voluntários e militares: duas forças essenciais e complementares

É preciso reconhecer e valorizar o papel de ambos: Bombeiros Voluntários e Militares. São duas instituições fundamentais e complementares nesta missão.

Enquanto os voluntários, muitas vezes com poucos recursos, suprem a ausência do serviço do Estado em centenas de municípios, os militares cumprem com excelência seu dever respaldado pela estrutura estatal.

Fortalecer essas duas frentes é essencial para garantir que ninguém fique desassistido. Atualmente cerca de 300 municípios gaúchos seguem sem qualquer cobertura de bombeiros, sejam eles militares ou voluntários.

Parcerias que salvam vidas: o exemplo de Agudo e um chamado

Se Agudo consegue manter esse trabalho funcionando, é porque compreende que segurança pública também se faz com parcerias. O município apoia financeiramente e reconhece o valor de cada profissional.

Entre as ações, destaca-se o repasse mensal para custeio das operações e treinamentos, a cessão de local para sua sede e a destinação de equipamentos.

Mas esse trabalho só é possível porque conta com colaborações. Em especial o Rotary Club de Agudo, sendo parceiro na promoção de ações de fortalecimento dos Bombeiros Voluntários.

É essa rede de solidariedade que garante que eles estejam preparados para agir quando a comunidade mais precisa.

E por que não transformar esse exemplo local em política pública estadual? Quantas outras cidades poderiam contar com uma estrutura semelhante se houvesse um programa de incentivo ao voluntariado? Apoiar essas instituições é investir diretamente na proteção da população.

Fica o convite à reflexão – e, mais do que isso, à ação. Porque os verdadeiros heróis não precisam de capas. E sim, de condições para continuar salvando vidas.

(*) Luís Henrique Kittel, 39 anos, é jornalista formado pela então Unifra, atual UFN). É prefeito reeleito do município de Agudo (o único do PL na região), foi vice-presidente do Consórcio de Desenvolvimento Sustentável da Quarta Colônia e atualmente é vice-presidente da Associação dos Municípios da Região Central (AM Centro). Ele escreve no site às quintas-feiras.

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