
Por Maiquel Rosauro
O clima é tenso no Casarão da Rua Vale Machado, mas não se deve ao rigoroso inverno. As atenções, no momento, se voltam ao ouvidor da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Tony Oliveira (Podemos), que analisa denúncia da Corsan contra o colega Tubias Callil (PL). O tema causa apreensão porque o Legislativo ainda não encontrou uma saída que não prejudique a, ainda mais, arranhada imagem do Parlamento Municipal.
Na terça-feira (1º), conforme o Site apurou, os vereadores da base governista estiveram reunidos a portas fechadas durante cerca de um hora para debater o assunto. Tony teria demonstrado não ter interesse em abrir qualquer processo na CCJ contra Tubias, embora o atual momento seja apenas de analisar os requisitos legais da admissibilidade e não o mérito da denúncia.
Contudo, teria sido ponderado que os advogados da Corsan poderiam questionar a Câmara novamente, de forma institucional, o que acabaria expondo os vereadores caso a denúncia não fosse levada adiante.
O fato é que, hoje, há um dilema na Casa. Parlamentares já estudam ter que enfrentar uma narrativa de impunidade ou de corporativismo caso não seja aberta uma investigação contra Tubias na CCJ ou, ao contrário, abrir uma subcomissão de ética, colocar o mandato do vereador em xeque e, ao mesmo tempo, criar um precedente para futuras ações contra outros membros da Câmara.
Politicamente, ambos os caminhos são espinhosos.
A denúncia
A Corsan, em denúncia protocolada na Câmara, solicitou o afastamento de Tubias da CPI da Corsan – extinta pela Mesa Diretora após pressão da empresa – por, supostamente, atuar com interesse próprio, parcialidade, agressividade verbal e desinformação, o que comprometeria a legitimidade dos trabalhos do colegiado.
A Procuradoria Jurídica divulgou um parecer favorável ao prosseguimento da denúncia e determinou que o caso fosse avaliado pela Ouvidoria de Ética da CCJ. Em tese, o ouvidor tem até a próxima quinta-feira (10) para divulgar seu parecer. A ação pode resultar na abertura de uma subcomissão de ética e até provocar a perda de mandato por quebra de decoro parlamentar.
CPI
Na sessão desta quinta-feira (3), será realizada a indicação de um integrante para a nova CPI da Corsan que será controlada pelo governo municipal. Isso ocorre porque Alice Carvalho (PSol) abdicou do posto. Guilherme Badke (Republicanos) e Sérgio Cechin (PP) já estão indicados ao colegiado.
Novelinhas estereis do legislativo local. Cortina de fumaça. Teoria da conspiração é gente no bolso na empresa. Inclusive parte da imprensa que recebe grana de anuncios.
tanto medo ai tem que não só se proteger