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Não parece, mas a eleição já começou – por Luís Henrique Kittel

‘É fundamental que a Região Central do RS ocupe o espaço que lhe é de direito’

Julho chegou, e com ele, a consciência de que daqui a um ano estaremos oficialmente dando início ao calendário eleitoral de 2026. Embora o voto em si só ocorra em outubro, é nesse período que se iniciam as definições: quem serão os candidatos, quais alianças serão construídas e que rumos pretendem seguir os projetos de governo. Para a maioria da população, ainda parece cedo. Mas para quem vive o dia a dia da política já está claro: a eleição já começou.

As movimentações nos bastidores estão em pleno andamento. As peças começam a se mover no tabuleiro. Lideranças políticas, deputados federais e estaduais, senadores e pré-candidatos intensificam suas agendas nos municípios. As visitas são mais frequentes, os discursos ganham tom eleitoral, e os eventos se multiplicam. Aos poucos, a política volta a ser pauta nas conversas do cotidiano – nas esquinas, nos bares, nas praças, nas redes sociais.

Mas esse também é o momento ideal para uma reflexão séria: que futuro queremos para o Brasil, para o Rio Grande do Sul e, principalmente, para a nossa região central? Que tipo de liderança queremos eleger? Como esperamos que se comportem os nossos representantes a partir de 2026?

O próximo pleito será decisivo. Estaremos escolhendo um novo presidente da República, um novo governador para o nosso estado, deputados federais, estaduais e duas vagas no Senado Federal. Se trata mais do que a escolha de nomes, mas de uma definição de projeto de país, de estado e de região.

Nesse contexto, é fundamental que a Região Central do Rio Grande do Sul ocupe o espaço que lhe é de direito. Somos um território estratégico, produtivo, resiliente – e, muitas vezes, esquecidos nas grandes decisões. Precisamos exigir presença nos orçamentos e prioridade nos investimentos e em políticas públicas. Já passou da hora de tratarmos nossa região com o respeito proporcional à sua importância econômica, histórica e social para o estado.

É também momento de perguntar: para onde caminha o eleitorado? Continuamos presos à polarização entre direita e esquerda? Há espaço para um caminho de equilíbrio e diálogo?

O que eu espero é que o debate político amadureça. Que os projetos apresentados sejam sérios, viáveis e comprometidos com a realidade do povo. Que a política volte a ser instrumento de transformação e não de divisão. Queremos representantes com integridade, com capacidade de gestão e com coragem para enfrentar os verdadeiros desafios do país.

Quero um Brasil protagonista e um Rio Grande do Sul forte, com políticas que valorizem todas as regiões, inclusive a Região Central. E quero que essa valorização seja traduzida em ações concretas: infraestrutura, saúde, educação, desenvolvimento regional e apoio às vocações locais.

De maneira muito clara, o que penso é simples: precisamos endireitar muitas coisas no nosso estado e no nosso país. Corrigir os rumos, reconstruir a confiança nas instituições e, sobretudo, olhar para frente com responsabilidade.

Ainda temos tempo. Mas o relógio já começou a correr.

(*) Luís Henrique Kittel, 40 anos, é jornalista formado pela então Unifra, atual UFN). É prefeito reeleito do município de Agudo (o único do PL na região), foi vice-presidente do Consórcio de Desenvolvimento Sustentável da Quarta Colônia e atualmente é vice-presidente da Associação dos Municípios da Região Central (AM Centro). Ele escreve no site às quintas-feiras.

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3 Comentários

  1. Resumo da opera. Santa Maria e região, bem como o RS, é 3,1415927K das Galaxias! Mas não conseguem resolver seus problemas sozinhos!

  2. ‘O próximo pleito será decisivo.’ ‘ Somos um território estratégico, produtivo, resiliente’. ‘Que a política volte a ser instrumento de transformação e não de divisão. Queremos representantes com integridade, com capacidade de gestão e com coragem para enfrentar os verdadeiros desafios do país.’ ‘Quero um Brasil protagonista e um Rio Grande do Sul forte,[…]’. E de-lhe frases vazias de efeito!

  3. ‘Não parece, mas a eleição já começou.’ Não brinca! Kuakuakuakuakuakuakua! As noticias demoram a chegar no Agudo! Kuakuakuakuakuakua!

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