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Depois não diz que não avisei – por Daiani Ferrari

Feriadão é uma beleza, para os que têm, não é? Não estou me queixando, pois estou tendo feriadão, o que não diz muita coisa, visto que estou em Candelária e, como venho dizendo há algum tempo, aqui não há muito para fazer. Apenas na tarde de hoje vou para Santa Maria. Adoro chegar à minha cidade, fazer parte dos engarrafamentos, ver as pessoas apressadas para chegar em casa, os carros acelerando na saída das sinaleiras e sentir o cheiro da poluição. Acreditem, isso faz falta.

Boa parte do dia que antecedeu o feriado fiquei dando dicas para um amigo sobre como proceder em Rivera, local ao qual ele pretende comprar uma câmera fotográfica para uso profissional. Terra desconhecida por ele, por mim já nem tanto, sempre é bom ter algumas dicas, seja de onde procurar as coisas, o que procurar e como se livrar da tão temida Receita Federal quando não se declara o excesso de cota. Nunca trouxe nada de muito valor, mas a gente sempre ouve “causos” de quem foi com a vontade de voltar cheio de muamba e acabou sem nada. Minhas idas até a cidade uruguaia se resumem a roupas esportivas com bons preços, eletrônicos baratos e comidas que no fim das contas saem mais caras que aqui. Até o doce de leite famoso de lá já pode ser encontrado nos mercados daqui.

Contei para esse meu amigo sobre outros dois conhecidos que foram para Rivera quando havia virado febre a compra das antenas e receptores de satélites que liberavam nas televisões cerca de 300, 400 canais. Esses “pobres moços” desembolsaram algo como três mil reais na compra destes equipamentos para revender no Brasil, algumas bugigangas para as crianças, além de energéticos e batatinhas Pringles. E não é que a Receita Federal os parou na saída de Livramento.

Tamanha era a quantidade de produtos sem a devida legalidade, os agentes apreenderam tudo que os dois levavam, desde as batatinhas. Se achando os espertalhões, visando o lucro que iam ter no Brasil, gastaram todo o dinheiro que tinham e quando se viram sem nada do que haviam comprado, nem as guloseimas para a viagem, imploraram:

– Pelos menos as batatas, por favor. Temos que viajar quase 400 Km. Deixem-nos ficar com as batatinhas, estamos como fome – diziam eles.

Mas nada. Nem as batatinhas ficaram.

Se depois de ter contado essa história para meu amigo, ele resolver trazer tudo que pode e o que não pode, não declarar nada e for pego, só terei uma coisa a dizer: “teu feriadão, que prometia ser muito bom, acabou”.

Ah, e “eu avisei”.

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