MÍDIA. Uma análise: Bonner e o Jornal Nacional são “uma só e uma mesma coisa”
Proliferam, na internet, e especialmente no Twitter, o portal dos microblogues, avaliações acerca do desempenho do “Jornal Nacional” e de seu âncora principal, William Bonner, nas entrevistas feitas entre segunda-feira e quarta, com os candidatos à Presidência, Dilma Rousseff, Marina Silva e José Serra.
Não há dúvida: conforme a visão política de quem publica, há crítica ou elogio ao desempenho dos entrevistados e de Bonner. De minha parte, por ser mais alentado, recolho (e ofereço ao leitor) o artigo escrito por Uraniano Motta, jornalista e autor de “Soledad do Recife”, recriação dos últimos dias de Soledad Barret, mulher do cabo Anselmo, executada pela equipe de Fleury com o auxílio de Anselmo.
O texto foi originalmente publicado no sítio “Direto da Redação”, que tem como editores os jornalistas Eliakin Araújo e Leila Cordeiro, ex-profissionais da própria Rede Globo e hoje atuando nos Estados Unidos. Acompanhe e tire tua própria conclusão. A seguir:
“O estilo Bonner e Dilma
A maioria dos brasileiros observou o comportamento agressivo de William Bonner contra a candidata Dilma Roussef no Jornal Nacional. Aquela entrevista mereceria mais o nome de cilada, ou armadilha, se surpresa houvesse no caráter do apresentador. Mas não, se o homem é naquilo que ele faz, o âncora deus-nos-acuda há muito é um ser revelado.
Um breve perfil de William Bonner não deixaria de notar, em primeiro lugar, que ele é um jornalista medíocre. Surpresa? Não, ainda não. Em um meio em que a primeira condição de sucesso é não ter muitas ideias, e, de preferência, nenhuma, Bonner seria medíocre por estar na média. (Na mídia, ele diria.) Depois, de passagem, na sua média mediocridade seria notado e anotado que ele possui uma fidelidade, não a do gênero canino, porque os cães, até mesmo eles, sofrem lapsos de confiança quando atacados pelo vírus da raiva. Bonner é um jornalista de fidelidade maquinal, de obediência automática ao comando do nome Marinho. Surpresa? Não, ainda não. Os astros da Globo mantêm isso como um distintivo, um crachá que atravessa o peito e atinge a própria alma, como um sinete de qualidade.
Então, se tudo nele é médio, por que o seu alto cargo, de editor do Jornal Nacional? Antes que responda, “bem, alguém tinha que ocupar”, poderia responder que ele obedece à lei geral de, para aparecer na tela, o jornalista deve possuir um ar de bom moço, que mantenha aparências de dignidade mesmo quando chancele as maiores canalhices. O rosto simpático e nome de galã de filme B longe estão de um específico, de um caráter, digamos. Ainda que este parágrafo venha a lhe dar um aumento de salário e promoção na empresa Globo, devo dizer: o específico de William Bonner vem da rara condição de que ele é cria, criado e criatura da ilha de edição do Jornal Nacional. Um algo que somente pode viver e sobreviver naquela redoma, um ser que dorme com a sua apresentadora e acorda com a vinheta, a logomarca e a voz de anúncio, “Jornal Nacional !”. William Bonner ali não trabalha, ele é, somente é, somente pode ser ali.
Bonner e o Jornal Nacional são uma só e uma mesma coisa. (Nova promoção para o rapaz.) Isso explica por que ele, WB, e JN sejam capazes de coisas inomináveis, sem engulhos, sem trauma ou vinco no rosto. Quem assiste ao Jornal Nacional percebe que o mundo ali vem desmontado entre caras e bocas, em dramatização de telenovelas. Chega-se ao limite…”
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O brilhante Mino Carta já deu um apelido a Bonner e Fatima Bernardes: CASAL 45…hehehe.
Sugiro a leitura: http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2010/08/13/mino-analisa-casal-45-e-serra-somos-uma-malta-de-idiotas/
A exitação que fica a Fátima Bernardes quando pode bater no PT perturba o Bonner.
Bela citação do Reffatti.
Tem gente aqui que elogia o Pedro Simon (arrrrgh!), fala do mensalão do Jeferson e esquece o do PSDB (que é o começo de tudo) e o do DEM, do ex-vice do Serra. Ainda se diz de esquerda e lutador contra a ditadura(?) e muito bem informado.
Isso é que é ser direita enrustida.
Além do Serra, a Globo agora tem outro “queridinho” agora: o Plinio, do P-Sol. Segundo a Folha de São Paulo, o candidato aliviou nas críticas paara poder aparecer três minutos no Jornal Nacional. Que beleza!
O casal JN não pertgunou para a Dilma sobre o mensalão, mas perguntou para a Marina e para o Serra sobre o mensalão “do PT”, para que indiretamente eles pudessem atacar o PT. Que imparcialidade, não? rsss
Faltou perguntar ao Serra sobre o Arruda, do DEM, cotado paar ser vice dele e que foi preso distribuindo grana a deputados em Brasília.
Ai, ai, ai, Claudemir! Será que disseram prô Bonner que ele é um “jornalista medíocre”? Se é, que me desculpe o Eliakin Araújo e a Leila Cordeiro, mas, com certeza, os Marinho não sabem disso, senão já teriam colocado o Bonner pra rua, assim como foram o Eliakin e Leila. Mas… dor de “cutuvelo” é um negócio que dura anos, as vezes, até a vida toda.
Que tal se eles houvessem perguntado para a Dima sobre o MENSALÃO! Eca, que povo mais ingrato. Isso que chamo de dar mole.
“A alma não tem segredo que o comportamento não revele” Lao-Tsé