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Empresa Familiar (3): a chegada dos filhos & cia – por Carlos Costabeber

Enquanto são só os pais que estão envolvidos no negócio, as coisas tendem a funcionar muito bem. Mas, com o passar do tempo, os filhos vão chegando e um novo assunto passa a fazer parte das conversas ao redor da mesa.

Vejam só !

Nos anos 60 e 70, a gurizada não queria saber de trabalhar nas empresas da família. Era muito mais atraente em termos financeiros e de status social ser um profissional liberal: médico, engenheiro, advogado, professor universitário,dentista, farmacêutico.

E essa foi a razão principal para o triste fim da maioria das empresas de Santa Maria daquela época: faltaram sucessores para “tocar o barco”. Lembro de uma grande empresa, com bonita loja no Calçadão, que sucumbiu porque nenhum dos nove sucessores desejou dar continuidade ao negócio daquela casa.

Mas, com o avanço do tempo, as coisas começaram a mudar.

Aos poucos, a gurizada foi perdendo o encanto pelo trabalho liberal, até porque o mercado começou a ficar saturado de bons profissionais.
Assim, de uns 15/20 anos para cá, o tema “sucessão” voltou a ganhar importância nas discussões familiares.

Os jovens passaram a ver, na empresa criada pelos pais, uma oportunidade melhor para seu futuro.

E, para muitos, passou (e passa) a ser a única alternativa de trabalho, pelas mais diversas razões.

E ainda tem uma outra situação: com a chegada (inevitável) dos genros e noras, muitas vezes os fundadores têm de “acomodar” na empresa esses novos membros da casa.

E logo, logo, estarão chegando os netos, na disputa por espaço.

Por isso, minha gente, é preciso que os fundadores (sucedidos) tenham muita sabedoria para conduzir a bom termo a chegada dos sucessores.

Convidado seguidamente para falar sobre “empresas familiares”, fico preocupado com a angústia de muitos empreendedores, que estão clamando por ajuda. A pressão interna, muitas vezes é muito grande (das mães, principalmente), para a admissão desses jovens no seio do negócio.

Concluindo, volto a salientar a necessidade de se ter bem clara a distinção entre FAMILIA, GESTÃO e PATRIMÔNIO. Tendo isso bem claro vai ajudar bastante na decisão a ser tomada.

Mas que não é nada fácil, não é !!!

Uma boa semana de trabalho a todos.

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