ELEIÇÕES 2010. Escolher um lado, sem dizer qual, pode tornar a mídia de novo uma derrotada
É consenso: em 2006, a mídia (aqui entendidas as cinco famílias irmãs, lideradas pelos grupos Abril, Globo e Folha de São Paulo) foi derrotada. Tanto e tamanho foi o esforço para jogar o pleito presidencial para o segundo turno. E por que perdeu? Por se tornar “sócia” da candidatura de Geraldo Alckmin, que conseguiu a proeza de fazer menos votos na rodada final do que na inicial. E perdeu porque, embora até as pedras soubessem do seu interesse, não assumiu o fato.
Aliás, as exceções são aqui lembradas sempre. Por se tratarem de veículos jornalisticamente honestos. No caso, O Estado de São Paulo, que apoiava, e dizia isso, Alckmin, e Carta Capital, que assumia-se a favor de Lula. E que, tanto um quanto outro, procuraram e fizeram o melhor jornalismo factual possível. Ponto para os dois.
Agora, se repete o quadro. Com uma diferença. O empenho é maior. Com outra diferença. O tombo tende a ser proporcional. E uma agravante: a coisa é tão explícita que a tendência é, especialmente no caso dos veículos impressos, a perda de leitores (inclusive os que fecham com o candidato deles – que sempre desconfiarão do que lerem). E, na mesma (ou talvez até maior) medida, avançará a leitura da internet. Ponto pra nós, que estamos aqui já faz cinco anos.
Quem analisa isso, e mais um pouco, é Mário Augusto Jakobskind, correspondente no Brasil do seminário uruguaio Brecha e ex-repórter da Folha de São Paulo e editor internacional da Tribuna da Imprensa. O texto foi originalmente publicado no sítio “Direto da Redação”, editado por Eliaquim Araújo e Leila Cordeiro. Acompanhe:
“O desespero da mídia
Não adianta teatralizar a campanha eleitoral, nem ficar na base do samba de uma nota só, como acontece com José Serra e seus correligionários na questão da violação dos segredos das declarações do Imposto de Renda. O tema está sendo investigado e valeria uma pergunta óbvia: a quem interessa o carnaval midiático? A quem está absolutamente na frente das pesquisas ou a quem toda semana vê reduzido os seus índices percentuais? Respostas devem ser enviadas às redações de O Globo e TV Globo, Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Veja, entre outras.
Outro fato que está saindo pela culatra para o conservadorismo é a citação a todo momento, negativa, claro, do ex-Ministro José Dirceu. Resultado concreto: Zeca Dirceu, filho do “vilão” está sendo apontado pelos institutos de pesquisa com um dos candidatos a deputado federal dos mais votados do país, algo praticamente inédito em termos de Estado do Paraná, onde ele concorre.
Garotinho, ex-governador do Estado do Rio, que todo mundo sabe que não é nenhum santo, também foi apontado entre os possíveis candidatos a deputado mais votado do país. Foi linchado por O Globo, com matérias no mínimo discutíveis já que praticamente não foi dado espaço proporcional às acusações.
Antes que algum leitor açodado diga que o autor deste comentário está apoiando este ou aquele candidato, não se pode deixar de constatar fatos concretos. A equipe de Serra no fundo alvancou Zeca Dirceu, enquanto as Organizações Globo mais uma vez demonstram que não está com a bola toda. Ao longo da história conspirou contra a ordem constitucional, como em 1964. Hoje não tem respaldo porque os tempos não são mais os da Guerra Fria. E essa constatação independe da confirmação se Garotinho poderá ou não ser candidato…”
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