Por MAIQUEL ROSAURO (texto e foto), da Assessoria de Imprensa do CPERS/SM
Os professores estaduais seguem firmes na greve da categoria. Mais de 80% do magistério estadual em Santa Maria está paralisado. O movimento também conta com grande adesão nos municípios da região.
Conforme o vice-diretor do 2º Núcleo do CPERS/Sindicato, Dartagnan Agostini, quarta-feira (1º) foram realizadas reuniões plenárias em escolas de São Sepé e Júlio de Castilhos.
“Mais de 25 professores paralisaram as atividades em São Sepé na quarta. Em Júlio de Castilhos, também aumentou o número de educadores em greve”, argumenta Agostini.
No final da tarde desta quinta (2), os grevistas realizaram panfletagem na esquina da Avenida Presidente Vargas com a Rua Appel, em Santa Maria. Foram entregues panfletos com informações sobre a greve da categoria.
“Nosso objetivo é mostrar para a sociedade a nossa pauta de reivindicações. Não buscamos apenas o reajuste salarial, queremos mais investimentos em infraestrutura nas escolas, manutenção de nossos direitos, entre outros itens”, explica o diretor de Mobilização do 2º Núcleo do CPERS/Sindicato, Fábio Freitas.
A greve teve início em 13 de maio e segue por tempo indeterminado. As negociações entre CPERS e governo do Estado não evoluíram esta semana.
Escola de São Sepé é ocupada pelos estudantes
Em Santa Maria, seis escolas seguem ocupadas pelos alunos (Cilon Rosa, Augusto Ruschi, Margarida Lopes, Tancredo Neves, Olavo Bilac e Maria Rocha). Na região, estão ocupadas a Escola Bom Conselho, de Silveira Martins, e o Colégio Estadual São Sepé, em São Sepé (mais informações sobre esta última ocupação na fanpage www.facebook.com/ocupacess).
Razões para a greve:
– Parcelamento e atraso dos salários;
– Parcelamento do 13º;
– Não pagamento do Piso (defasado em 69,44%);
– Corte e congelamento de investimentos;
– Falta de professores e funcionários de escola;
– Aumento da carga horária para 16 horas sem aumento de salário;
– Sucateamento das escolas;
– Aumento da violência nas escolas;
– Arrocho salarial;
– Enturmações;
– Fechamento de turmas e escolas;
– Mudança curricular com redução de carga horária de disciplinas importantes;
– LDO com reajuste zero até 2018.
Ameaças do Governo Sartori:
– Entrega das escolas públicas a organizações sociais;
– Ataques ao Plano de Carreira e ao IPE;
– Reenquadramento para acabar com o Difícil Acesso;
– PL 257: condiciona a renegociação da dívida com a União desde que os Estados arrochem salários.
Reivindicações dos educadores:
– Mesa de Negociação;
– Cumprimento da Lei do Piso com garantia de 1/3 de horas atividade;
– Reajuste emergencial de 13,01% (2015) e 11,36% (2016);
– Calendário de reposição dos 69,44%, no Piso;
– Fim do parcelamento e atrasos de salários;
– Merenda para todos os estudantes da rede pública;
– Fim do atraso das verbas de manutenção;
– Garantia do IPE público e solidário;
– Garantia do Difícil Acesso.
Isto aí, deixa “grevear”, deixa ocupar.