”FICHA SUJA”. Há 8,5 milhões de votos boiando – à espera de uma definição do TSE
Um grupo significativo de graúdos da política brasileira ainda não sabe se vai ou não assumir os cargos para o qual teriam sido eleitos no domingo 0 se os votos que obtiveram forem validados pela Justiça Eleitoral. Um deles: o paraense Jader Barbalho (PMDB). Outro: o paulista Paulo Maluf (PP). O primeiro concorreu ao Senado; o segundo à Câmara dos Deputados.
Como eles, quase 150 candidatos, inclusive outros famosos, ainda dependem de manifestação expressa do Tribunal Superior Eleitoral (não se descartando, em alguns casos, recurso ao Supremo Tribunal Federal), para saber da validade dos votos. E não é pouca coisa. São quase 9 milhões – ou 7% do eleitorado nacional, em números absolutos.
A propósito desses votos que estão ainda boiando, e o que pode acontecer, entre outros detalhes, acompanhe a reportagem de Gustavo Paulo, publicada n’O Globo e reproduzida pelo jornalista Ricardo Noblat. A seguir:
“Fichas-sujas tiveram 8,6 milhões de votos…
… A Justiça Eleitoral terá de decidir o destino de 8,6 milhões de votos dados a 143 candidatos barrados com base na Lei da Ficha Limpa em todo o país. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou ontem o número de votos recebidos por candidaturas indeferidas preliminarmente em 26 unidades da federação – apenas o Acre ainda não havia sido contabilizado.
Ao todo, incluindo também os registros irregulares, apresentados com atraso ou com outros tipos de problemas, o Judiciário contabiliza 15,7 milhões de votos dados a 1.078 candidatos que ainda precisarão passar pelo crivo judicial.
Se, ao final, estes votos forem contabilizados, a distribuição das bancadas na Câmara dos Deputados e nas Assembléias Legislativas poderá ser alterada. Formalmente, esses candidatos não têm voto algum, pois não entraram no rateio final da eleição. O TSE promete resolver as pendências até o segundo turno, em 31 de outubro…”
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Mas pode apostar que desta vez a Rede Globo apostou errado. Segundo especialistas políticos americanos, mesmo que 80% do eleitorado da Marida votem em Serra, ainda assim a vitória será de Dilma.
Achei interessante a abordagem de ontem do Jornal Nacional sobre este assunto. O tema era o problema para o TSE com os candidatos que, mesmo com fichas sujas, alcançaram a eleição.
Pois eles arrodiaram, fizeram daqui e dalí e conseguiram mostrar também um do PT. Só que um detalhe: O do PT não se elegeu. Então, onde que ele se encaixava na reportagem? O TSE não terá problema algum com os votos conseguidos por este candidato. Então, como que ele foi citado na reportagem? Ora, a campanha da Globo para o segundo turno já está a todo vapor.