Seria conveniente aos servidores estaduais preparar o espírito: a chance de receber o 13º salário em dezembro é pouco menos que nula. Nem mesmo através de empréstimo particular do Banrisul, como em 2015, está nas cogitações do Palácio Piratini – inclusive por conta de apontamento do Tribunal de Contas do Estado. Assim como também é certo que o salários de outubro e novembro virão parcelados.
Há ainda uma dúvida em relação a dezembro, por conta de um habitual aumento da arrecadação no último mês do ano. Em relação aos meses anteriores, na verdade, só não se sabe de quanto será a primeira parcela, nem o número de vezes em que o o pagamento será fatiado.
Essa situação é confirmada a partir das declarações do secretário de Finanças do Estado, Giovani Feltes, REGISTRADAS pelo repórter Tiago Boff, da Rádio Gaúcha. Disse o homem do troco do Palácio Piratini, textualmente: “seria temerário e, acredito, até irresponsável se disséssemos que teríamos recursos assegurados e garantidos, na medida em que o histórico de atrasos de salários seguramente não induzem a percebermos a essa possibilidade tão facilmente.”
Aliás, os servidores estaduais ainda estão recebendo o salário do mês de setembro: mais 200 pilas devem pingar na conta dos que ainda não tiveram seu contracheque quitado. E ainda falta um troco para mais gente, que serve ao Estado gaúcho.
Ah, levantamento do jornal O Estado de São Paulo, citado pelo repórter da emissora, aponta que não é apenas o Rio Grande que não tem troco para pagar o 13º. A situação é idêntica no Distrito Federal e nos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Sergipe e Roraima. Em todos esses casos, o chamado “abono de Natal” virá mesmo é no próximo ano. Sabe-se lá em quantas parcelas.
Houve uma época que o Flamengo contratava jogadores com grandes salários. Se lembro bem, foi naquele tempo que Vampeta disse a célebre frase: ” O Flamengo finge que me paga e eu finjo que jogo”.