SALA DE DEBATE. A tragédia da Chape, Pozzobom e as verbas orçamentárias e a votação, hoje, da PEC 55
![Candinho, Giorgio e Péricles, com o editor (E): os convidados de hoje, do Sala de Debate, na Rádio Antena 1 (foto Gabriel Cervi Prado)](https://claudemirpereira.com.br/wp-content/uploads/2016/11/sala-18.jpg)
Foram três os temas predominantes, hoje, no “Sala de Debate”, entre meio dia e 1 e meia da tarde, na Rádio Antena 1. Sob a mediação deste editor, os convidados Antonio Candido Ribeiro (Candinho), Giorgio Forgiarini e Péricles Lamartine Palma da Costa se debruçaram sobre a tragédia que comove o Brasil, o acidente que vitimou a equipe da Chapecoense e duas dezenas de jornalistas na Colômbia.
Mas também houve tempo para tratar de dois outros assuntos: o orçamento municipal e o que dele quer o prefeito eleito Jorge Pozzobom (derivando para gastos da Câmara de Vereadores, por exemplo) e a votação, pelo Senado, da PEC 55, que limita gastos públicos. Foram momentos de emoção. E de bastante discussão, também.
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Fora as petices contra a Lava a Jato, os magistrados e os procuradores, o caixa 2 é de fato cortina de fumaça. Hoje é enquadrado como falsidade ideológica no Código Eleitoral (art. 350). Problema é que apareceu um “crimes correlatos” no meio da conversa.
Pessoal da Operação Rodin não deveria ter sido processada? Promotor tem que antever o resultado do processo, caso contrário é crime de responsabilidade? Promotores e juízes deverão ter advogados adjuntos? Sim, porque advogados de defesa irão empilhar processos contra os órgãos de controle para “defender o interesse dos clientes” e suas “garantias”.
Ontem Tarso, o intelectual, deu entrevista na Globo. Criticou a opção “economicista”, contemporizou um pouco, mas basicamente é isto. O que liga o dirigente petista, a menina e o programa? A idéia de que uma solução puramente política é possível. Obvio que não é, sem a política não existe solução, mas só com a política também não. Outras possibllidades absurdas também não resolvem: moratória, confisco, etc.
De fato, jogar a população contra a política é muito fácil. Basta ver o programa: “bando de sem-vergonhas”, “estão rasgando o dinheiro público”, o deboche “a democracia é cara” (está faltando dinheiro, melhor pensar nas alternativas).
A “notícia” do media training é de 2015. Luis Nassif é quem levantou a lebre. Collor questionou Janot. O “marketeiro” é (ou era) secretário de comunicação da Procuradoria Geral da República. Taí algo que deveria ser obrigatório no ensino médio, o tal media training. Aprenderiam que falar grosso, fazer “cara de mau” e outras caretas não melhora os argumentos.
Frases em latim são as mesmas do programa mais macho da TV Santa Maria. Fica a dúvida: semana que vem as frases serão novas ou aparecerão outras? Impressionante como gente que não tem a mínima vocação para fazer graça vive tentando.
Ouvir advogados falando de economia é quase o mesmo que ouvir jornalistas esportivos comentando acidente aeronáuticos.
Existem as necessidades (aumento dos idosos, aumento dos gastos na saúde, crescimento vegetativo) de um lado. Do outro existem a receita (depende da atividade economica) e a capacidade de endividamento (que depende do montante da dívida).
Podem reajustar o orçamento pelo índice que quiserem, a receita e o dinheiro que conseguirão emprestado não muda. Não existe peça de ficção que altere a realidade.
Caso a inflação fosse zero hoje, a SELIC estaria menor que 7%. Pagaríamos menos juros pela dívida. Uns “gênios” deixaram o índice sair muito da meta para “promover crescimento” e depois ainda tentaram baixar a taxa de juros no canetaço.
Outro dia uma menina protestando contra a reforma no ensino médio largou esta: “não queremos virar mão-de-obra barata, queremos uma formação que nos torne cidadãos”. Desejam filosofia e sociologia obrigatória para todos durante todo o ensino médio. Meio sem fundamento, grande parte deve escapar da quimica, fisica e matematica de qualquer maneira. Problema é o chavão ideológico e a restrição a possiblidade de escolha dos outros.