SALA DE DEBATE. Cultura e a reforma administrativa. Mas, antes, o Renan e outra reforma, a da Previdência
Houve até uma discussão sobre uma tal de “pós-verdade”. Sim, o “Sala de Debate” também é, vez em quando, academia. Mas o fundamental, no programa da Rádio Antena 1, entre meio dia e 1 e meia, foram os três temas que tomaram conta. E de verdade.
Antonio Candido Ribeiro (Candinho), Giorgio Forgiarini e Ricardo Blattes se debruçaram, com a mediação deste editor e intensa participação dos ouvintes, sobre a proposta de reforma previdenciária, apresentada hoje pelo governo federal, e o afastamento de Renan Calheiros, da presidência do Senado. E, claro, a reforma administrativa proposta por Jorge Pozzobom, com dois olhares específicos: o Gabinete de Governança e a aglutinada pasta da Cultura.
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Editor comentou do pós-verdade e “os fins justificam os meios”. Sim, para quem se beneficia com a coisa é isto mesmo.
Quanto as noticias, ocorreu um comentário, existe uma armadilha. Jornalista não tem como publicar tudo o que sabe, por diversos motivos. Só que, comparando a notícia com um iceberg, existem profissionais que divulgam a parte que está fora d’água mas emitem opinião pelo bloco de gelo inteiro. A audiência que quebre a cabeça para tentar descobrir como a criatura chegou naquela conclusão.
Outra coisa comum atualmente. No final de um bloco anunciam alguma coisa (exemplo: algo sobre o estado dos conflitos no oriente médio). Passa o comercial e o tema não é abordado, é pegadinha para segurar audiência. Colocam um tema totalmente diferente, o desmatamento da amazônia ou o degelo dos pólos.
Deveríamos encontrar uma maneira de colocar os conspiradores no governo. Sim, porque todos os planos deles dão 100% certo, sem nenhuma falha. Melhor, nunca são descobertos, são sempre “forças ocultas” e “interésses”.
Alás, para os vemelhinhos sempre existe uma teorica da conspiração e um monte de dinheiro disponível para resolver os problemas, basta ir lá e pegar. Até a previdência é superavitária. O Gringo esconde dinheiro para implantar a agenda “neoliberal”.
Pós-verdade já comentei num post anterior, apareceu no Brexit e culminou na eleição de Trump. As alegações não precisam corresponder aos fatos (nisto o programa é pioneiro) basta que o público-alvo acredite. A campanha americana chegou às raias do surrealismo. Noticiário admitia que Hillary mentia, mas fazia um placar para mostrar que era muito menos que Trump. Este último largava uma das dele e a CNN colocava no gerador de caracteres “isto não corresponde à verdade”.
Dilma foi citada e tem a própria versão dela. Na campanha de 2014 falou uma coisa e a pós-verdade apareceu em 2015.
Reforma da previdência não vale a pena discutir. Não vai ser aprovada como está. Logo, depois de alguns anos terá que ser discutida novamente. A resposta da pergunta que uns fazem aos outros é: sim, a maioria não vai conseguir se aposentar. Não por causa da lei, mas porque não haverá dinheiro para pagar.