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Planejar 2017: missão (quase) impossível – por Carlos Costabeber

Recentemente apresentei para o pessoal da empresa, o Planejamento para 2017. Acostumado a projetar os negócios ao longo de tantos anos, me deparei com inúmeras perguntas sem resposta, já que a realidade nua e crua é que o Brasil vive um momento de grande incerteza politica e econômica. É impossível não perder o sono e a tranquilidade.

Recentemente o importante sociólogo italiano Deminico De Masi, profundo conhecedor da nossa realidade, afirmou: “o Brasil parece um país infantil”. E ele tem razão; temos uma incrível capacidade para misturar política, economia, imprensa e justiça, tudo ao mesmo tempo; e de uma hora para outra. A cada dia acordamos com uma “nova bomba”, envolvendo corrupção, denúncias, prisões, julgamentos, declarações desastrosas. Durma-se com um barulho desses !

É o cenário criado por tantos erros cometidos nos últimos anos, e que agora cobram a sua conta. E quem paga o pato é a população, que vê o desemprego crescendo (já passam de 12 milhões sem trabalho), a insegurança à luz do dia, uma carga tributária insuportável, juros nas alturas e uma inflação que teima em não cair. É o que chamamos de “tempestade perfeita”, quando a angústia e a desesperança tomam conta das pessoas.

Esse ambiente de incerteza que convivo há décadas, me ensinou a criar uma rede de proteção para as decisões nos negócios, sempre projetando um “plano B” e até um “plano C” para as emergências. Sempre levando em consideração os erros cometidos no passado, as variáveis que estão sob meu controle,  e aquelas que independem da minha vontade, as chamadas “variáveis incontroláveis”.

Acredito que com a experiência adquirida ao longo de tanto tempo, e com uma sólida base acadêmica, tenho conseguido tirar o máximo das “condições controláveis”, e aproveitando as oportunidades que invariavelmente aparecem nos períodos de crise. Essa é a parte menos difícil do planejamento.

Só que o clima está cada vez mais nebuloso, quando temos de analisar e tentar quantificar o peso das “variáveis Incontroláveis”, como: situação política (a mais importante), decisões na economia, aumento da concorrência, possibilidade de novas leis e aumentos de impostos; e até mesmo o clima, que pode afetar os resultados do agronegócio.

Mas mesmo com tantas incertezas, estou projetando um 2017 melhor do que foi esse ano. Mesmo porque, “a empresa tem de sobreviver e manter os seus 120 funcionários”, independentemente do que teremos pela frente. Tenho por fundamento que a gente está sempre sozinho; pois se as coisas forem mal, ninguém virá em  nosso socorro. É a mais pura verdade !

Por isso estou depositando todas as esperanças no resultado das próximas safras, pois o agronegócio, “é o Brasil que dá certo”. Se o campo vai bem, as coisas tendem a ficar menos difíceis, principalmente para as regiões do interior do país.

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