POR MAIQUEL ROSAURO
Os médicos que divulgaram informações sigilosas sobre o estado de saúde da ex-primeira dama Marisa Letícia – e até chegaram a sugerir procedimentos de como matá-la – foram demitidos dos locais onde atuam. Porém, os desvios de conduta poderão ter consequências para os futuros profissionais do setor. Há quem defenda mudanças no ingresso e na formação das escolas de Medicina. Confira na matéria do Sul 21:
Ódio a Marisa Letícia expõe falhas e elitismo nas faculdades de Medicina
Professor de Cardiologia na Escola Paulista de Medicina, vinculada à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e dirigente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), Bráulio Luna Filho entende que os desvios de conduta dos médicos envolvidos no episódio de vazamento de informações trocadas entre grupos do WhatsApp, um deles sugerindo procedimento para matar Marisa Letícia Lula da Silva, refletem falhas no acesso aos cursos de Medicina e do currículo. E não descarta que o elitismo do corpo discente das escolas médicas brasileiras expliquem, em parte, episódios como esse.
A médica reumatologista Gabriela Munhoz, de 31 anos, que espalhou pelo aplicativo que a ex-primeira-dama estava internada no Hospital Sírio-Libanês após um derrame hemorrágico e que seria levada para a UTI, foi demitida pelo hospital. E o neurocirurgião Richam Faissal El Hossain Ellakkis – que sugeriu o procedimento aos seus colegas de grupo no whatsapp – teve sua demissão decidida pela Unimed de São Roque. A Unimed teria divulgado nota alegando que o profissional não pertence a seu quadro, mas atua como terceirizado em um hospital ligado à operadora.
Investigados em sindicância instaurada pelo Cremesp, ambos podem sofrer processo administrativo ou mesmo perder o registro junto ao órgão, ficando assim impedidos de exercer a Medicina.
O Código de Ética Médica veda ao médico “permitir o manuseio e o conhecimento dos prontuários por pessoas não obrigadas ao sigilo profissional quando sob sua responsabilidade”. Não permite também “liberar cópias do prontuário sob sua guarda, salvo quando autorizado, por escrito, pelo paciente, para atender ordem judicial ou para a sua própria defesa”, esta última em situação de sindicância ou processo ético-profissional.
“Não é todo mundo que pode ser médico. Não basta ter condições de passar no processo seletivo de universidade pública ou de se manter num curso particular, que é caro. É preciso humanismo, entender a importância do papel de um médico, o que é mais importante do que o domínio de tecnologias”, disse Luna Filho.
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