Entre Cobras, Corujas e Chakras – por Pylla Kroth
Dois Brasileiros moços, latino-americanos, sem um tostão no bolso que me tocam profundamente com suas canções e fizeram uma ponte na minha vida, onde pude atravessar-la com mais segurança, um cearense, outro gaúcho, diziam me que: O coração é pra se dar e que tudo muda , com toda razão, que caminhasse meu caminho, com razão, que não se deve fazer uma canção como se deve, por isso canto rock (risos), que é tudo proibido, mas ao mesmo tempo permitido, quando ninguém nos vê.
Que não posso cantar uma canção sem querer ferir ninguém, a vida ao vivo é muito pior. “Nem pense em querer me atirar antes de me ouvir cantar.” Poxa! Nem tudo é divino e maravilhoso! Viver é melhor que sonhar e que o amor é uma coisa boa, e há sempre o perigo na esquina e sentimos isso na ferida viva que existe em nossos corações. Atire a primeira pedra quem não tem pecado. E você que ama o passado e que não vê que o novo sempre vem, verá.
Não se iludam, as aparências não enganam não. Vocês me deram uma grande idéia e uma nova consciência. Inúmeras vezes fiquei desapontado, pois isso é comum no meu tempo. Talvez um pouco violento. Poxa, eu sou como vocês! Isso mesmo,eu sou como vocês! As vezes ficamos com os olhos lacrimosos, não é? Quem acha que vai ganhar desse mundo de meu Deus fazendo seu próprio caminho sozinho? Não quero parar de sonhar.
O mundo está meio desesperado. E isso não é moda de 66, acreditem! Tenho cinquenta e tantos anos, de sonhos. E esse quero que seja meu destino: sonhar, viver e ver. Delírio é uma coisa real, e isso é mesmo um grande perigo. Talvez não estejamos felizes, mas acreditem, não somos todos mudos. Temos que cantar cada vez mais. Protestar, escancarar.
Falta um segundo pra se chegar ao futuro, falta um pedaço, falta mais um pouco na balança da igualdade, falta um pouco mais de paz. Falta pouco, muito pouco, faltam novidades junto as pedras do caminho, o vento faz mudar a correnteza, desbaratina mesmo, vamos colorir, imaginar que um homem livre vai habitar o planeta. Que nossa juventude não vai dormir na sarjeta, que essa realidade não seja um pesadelo.
Tô sacando que, de um modo ou de outro, estamos sempre fluindo, vamos mudar, se habilitar e fazer o que se está sentindo. Tudo é rotação, tudo é movimento, novo pensamento, talvez? Isso pode nos deixar cada vez mais novo por dentro, gente. Vamos esperar e ver tudo explodir? Vamos lutar, prosseguir, solto dentro da imaginação. Sem essa de se calar. Temos muito a dizer. Vamos participar, não podemos deixar a peteca cair, temos de espalhar as sementes no caminho de um norte que nos guia, tenham certeza: amanhã elas brotarão. Porque se alguma coisa der errado, começaremos TUDO OUTRA VEZ.
Desejo muita Luz ao espírito do complexo e genial Antonio Carlos Gomes Belchior Fontenelle (Belchior), que, ao contrário que muitos dizem, eu afirmo, categoricamente, morreu rico – aliás qual diferença de morrer rico ou pobre? Foste tão grande quanto teu nome. Vida longa ao Fughetti Luz que está vivaço e ainda tem muito a nos dizer e vem com disco novo este ano. Viva a música Brasileira. Viva o Rock gaúcho. Agradecido aos mestres que me fazem valer a pena ainda viver!
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