CÂMARA. Por alguns minutos, Santa Maria vai contar com um novo vereador do PT. Será nesta quinta-feira
Por MAIQUEL ROSAURO (com foto de Divulgação), da Equipe do Site
A treta entre o vereador Luciano Guerra (PT) e o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) alcançará um outro nível nesta quinta-feira (18). Por alguns minutos, o psicólogo e suplente de vereador, Alex Monaiar (PT), tomará posse, assumirá o cargo, votará um tema polêmico e, logo depois, deixará a vereança.
Esta quinta tinha tudo para ser de festa para o governo, em virtude que todos os parlamentares devem votar a favor do projeto que autoriza o financiamento com a Caixa (AQUI). Porém, também está inclusa na Ordem do Dia uma denúncia de Guerra contra Pozzobom, por infração político-administrativa.
Conforme acusação do petista, divulgada na quinta (11), a Prefeitura não respondeu questionamentos da Comissão Especial criada para acompanhar o trabalho de liberação das pedreiras para a retirada de material (AQUI). O objetivo era obter cópias dos contratos firmados entre o Executivo e as pedreiras. Ao não responder, o Executivo provoca um ato de improbidade administrativa.
Guerra irá defender a denúncia na tribuna, mas não poderá votar no pleito que irá decidir se será aberta ou não uma comissão processante para investigar Pozzobom. Segundo o Capítulo VI, Artigo 209, inciso III, do Regimento Interno, será convocado o suplente do vereador para votar.
Logo, Monaiar (recebeu 1.562 votos em 2016) tomará posse e votará. Fora isso, o máximo que poderá fazer será justificar seu voto, na tribuna, durante um minuto. Após a votação, Guerra reassume o mandato.
Para que a denúncia seja aceita é preciso receber 2/3 dos votos dos vereadores presentes. Ou seja, é improvável que tal comissão seja formada, resultando no arquivamento da denúncia. No jogo político, servirá mais para tirar o protagonismo de um dia que seria festivo para o governo.
Benefício misterioso
Como Monaiar será vereador por alguns minutos, o site quer saber: o vereador suplente ganhará algum benefício?
Na quarta, nem a Procuradoria nem o Recursos Humanos do Legislativo souberam responder a pergunta.
Não foi por “15 minutos de fama” que me ausentei do meu trabalho como psicólogo no CAPS. O regimento interno exige que o suplente seja chamado, caso não tenham lido a matéria. Quando me candidatei me coloquei à disposição: para 4 anos ou até alguns minutos. Nesse caso, aproveitei muito bem o 1 minuto de declaração de voto para falar da valorização dos suplentes e seus eleitores (pois ninguém, sozinho, alcançou o quociente eleitoral), do repúdio ao golpe de 2016, do abuso do poder de Estado para fazer perseguição política e da semelhança entre quem hoje poupou o prefeito de dar explicações e aqueles que barram as denúncias contra Temer no Congresso.
O Vereador Vap-Vup ganhará seus 15 minutos de fama
O “vereador-relâmpago”. O parlamento se supera a cada sessão.
Rindo muito! Parabéns a todos os envolvidos!