VERGONHA. Inscrições racistas na UFSM. E o pior: identificação dos responsáveis é de “difícil desfecho”
Os primeiros casos recentes registrados foram em 2017, na parede do Diretório Livre do Direito. Pichações atingiam alunos negros e negras do curso. No ano passado, frases racistas foram cunhadas no banheiro do Colégio Politécnico, também da UFSM. Ninguém foi responsabilizado, embora procedimentos tenham sido abertos e investigações procedidas.
Provavelmente por isso (é a avaliação deste escriba), os racistas ignóbeis se sentiram à vontade para voltar a agir, como foi o caso da quarta-feira, agora na Biblioteca Central, no Campus de Camobi – como você confere na foto acima, publicada (e é a única imagem pública disponível, ao que se sabe) pela fanpage no Facebook do grupo “Dandaras – Coletivos de Mulheres Negras”.
Claro que a Polícia Federal já está tratando do assunto mais recente, como anota reportagem disponível na versão online do Diário de Santa Maria (AQUI). Aliás, conforme você confere na transcrição, o próprio delegado se mostra reticente:
“Do lado da PF, o delegado Diogo Caneda, que está à frente das investigações, falou ao Diário que o caso – a exemplo dos anteriores – trará, mais uma vez, dificuldade na identificação dos autores:
– Infelizmente, esses casos são de difícil desfecho. Até porque as câmeras que existem, dentro da biblioteca, não devem ajudar tanto, a princípio, nas investigações. Quem faz isso dentro de um banheiro aproveita dessa situação de privacidade para cometer esse tipo de crime.
A Polícia Federal esteve, nesta quinta, no local com um perito e com um agente que realizaram um levantamento fotográfico do banheiro e ainda ouviram servidores terceirizados que trabalham no local. O próximo passo, segundo o delegado, é tipificar o crime, que pode ser enquadrado como racismo ou ainda injúria racial…”
Enquanto isso, o Gabinete do Reitor divulgou também uma Nota Oficial, na tarde desta quinta-feira. Esta, que você confere a seguir, na íntegra:
“A Universidade Federal de Santa Maria reforça sua posição de total repúdio a quaisquer formas de discriminação e intolerância. O mais recente episódio de racismo registrado nas dependências da Biblioteca Central não representa os valores defendidos pela instituição.
Assim que a gestão da UFSM tomou ciência do ocorrido, procedeu-se de imediato ao registro junto à Polícia Federal. Uma equipe de peritos esteve, ainda na manhã desta quinta-feira (25), na Biblioteca Central, para dar início às investigações e realização das primeiras perícias. Também estão sendo buscadas possíveis imagens de câmeras de segurança nas imediações do banheiro onde foi registrado o fato.
A UFSM está dando todo o suporte à polícia com o propósito de colaborar com a investigação e a identificação dos responsáveis por este ato lamentável.
Ainda, foi aberto processo administrativo para apuração interna. Uma vez identificada a autoria, os envolvidos serão responsabilizados com base na Lei 8.112/90 (RJU) e no Código de Ética e Convivência Discente da UFSM (Res. 017/18).
O caso também está sendo acompanhado pelo Observatório de Direitos Humanos da UFSM, projeto vinculado à Pró-Reitoria de Extensão. Veja seu posicionamento AQUI”
PARA LER NO ORIGINAL, CLIQUE AQUI (ser for usuário do Facebook).
PARA CONFERIR O TEXTO DO DANDARAS NO FACEBOOK (se for usuário), CLIQUE AQUI.
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