LÁ DO FUNDO. Sonho mantido de Bisogno, PDT e segundo turno, forrobodó no Cidadania e o debate

Por Claudemir Pereira

– Dos partidos relevantes na cidade, e que estiveram no pleito majoritário, só o PDT, até o momento em que esta nota é publicada, ainda não tornou pública e oficial sua posição em relação ao segundo turno.

– A única certeza, no partido fundado pelo falecido Doutor Leonel, é a disposição do ex-candidato a prefeito Marcelo Bisogno, de manter vivo o sonho de virar prefeito de Santa Maria.

– A dedução, por sinal óbvia, é por conta da nota publicada por Bisogno em seu perfil principal no Facebook, em postagem da última quinta-feira, dia 19.

– O pedetista, afora agradecer aos que acreditaram no projeto por ele (e seus aliados) apresentado “para o desenvolvimento de nossa cidade”, apontou claramente para o futuro.

– Disse Bisogno – “Sou grato a esta terra e um dia o sol vai brilhar em minha caminhada e terei a honra de governar Santa Maria com o amor e a dedicação que ela merece! Até breve, a caminhada continua!”

– Dentre os apoios dos derrotados no primeiro do turno para os finalistas da disputa eleitoral de Santa Maria, houve dois dissensos bastante claros, é preciso anotar, em nome da história.

– Um se registrou no PSB – contrariando todos os principais líderes (inclusive com algumas surpresas, dada a trajetória de certos militantes), que decidiram apoiar Sérgio Cechin.

– No caso, a voz dissonante foi o vereador eleito Paulo Roberto Pedroso, que optou pela neutralidade. Embora todos duvidem que vá branquear ou anular o voto.

– Mais sério, e contundente, parece ser a divergência aberta no Cidadania, dos ex-candidatos Evandro de Barros Behr (prefeito) e Carla Kowalski (vice).

– Para constatar o forrobodó, basta conferir a NOTA distribuída na noite de sábado, após reunião dos dirigentes do Cidadania e que liberou os filiados a votarem em quem quiserem, no domingo, 29.

– A certa altura, o documento assinado pelo presidente Arthur Nagel Heinz constata não haver conexão entre as propostas finalistas e a do partido. Mas o cisma fica claro noutro ponto:

– “Nos surpreendeu a adesão do nosso candidato ao projeto do 11, pois o mesmo nos convenceu de que existe um projeto de poder liderado pelo senador que representa os interesses chineses no RS”

– E vai adiante: o projeto “do senador” tira “força da metade sul, do porto de Rio Grande, e levando Santa Maria a um isolamento. Esse senador começa seu plano de ser governador por Santa Maria.”

– Enfim, a dedução é, cá entre nós, mais ou menos óbvia, não convidem o dirigente e o ex-candidato para a mesma mesa do jantar. Ou até do cafezinho.

– Para fechar: definitivamente não ficaram felizes com Sérgio Cechin os dirigentes de duas das principais entidades empresariais da cidade, Cacism e Sinduscon, e da Ordem dos Advogados.

– Eles simplesmente não digeriram bem a decisão do candidato do PP (em aliança com Francisco Harrisson, do MDB) de desistir de um debate acordado há um tempão.

– Consequências? Bueno, isso ainda não se pode saber, mas o fato é que o pessoal não gostou nadinha da decisão do pré-candidato e seu estafe.