Por Claudemir Pereira
– Pode não dar em nada. E com certeza não impediu a diplomação dos eleitos, menos ainda a posse, em primeiro de janeiro.
– No entanto, pelo menos duas denúncias ainda seguem sob investigação, a pedido do Ministério Público Eleitoral, e que, no futuro, poderão (ou não) ter consequências.
– Uma tem a ver com candidato a vereador em Santa Maria, outra de uma candidatura majoritária da Quarta Colônia.
– A determinação do Conselho de Ética do PSL, como você leu AQUI no site, na madrugada de sábado, está valendo, no que toca ao vereador eleito Tony Oliveira.
– No entanto, não significa, objetivamente, que ele mudará de posição acerca da decisão que anunciou, em fechar com grupo oposicionista ao prefeito cujo vice é de seu partido. Logo…
– O prefeito Jorge Pozzobom mudou de ideia e antecipou medida que tomaria apenas em fevereiro, depois do retorno do recesso parlamentar.
– Quer criar já as novas secretarias. Ou, por outra, tornar permanente a pasta de Habitação e implantar a de Esporte – desligada da Cultura, onde o assunto é tratado hoje.
– Um militante de oposição disse que isso se deveria a eventuais dificuldades de fazer andar a proposta, se a Mesa Diretora for refratária ao governo.
– Pode ser. Mas o mais provável, retirando-se a observação de natureza política, é que queira mesmo implementar o novo esboço administrativo desde o início.
– Ah, e como o site já registrou, o favorito para virar secretário de Esporte é o vereador eleito (e atual superintendente da área) Givago Ribeiro.
– Talvez fosse o caso, porém, de não descartar outra hipotese. Isso para o caso de Ribeiro preferir, antes de tudo, “sentir o gusto” do que é ser parlamentar.
– Poucos lembram da origem etimológica da palavra Parlamento. Que é “parlare”. Ou, bem simplificadamente, falar. Ou diálogo. Ou conversa. Ou, enfim, discussão sobre temas importantes.
– Isso significa que, obviamente, contrários possam conviver pacificamente, dentro de regras sociais e políticas bem específicas.
– Exemplo? Os recém-eleitos Pablo Pacheco (PP) e Ricardo Blattes (PT) tomaram um café juntos outro dia. E talvez tenham descoberto que há, sim, alguma coisa sobre a qual, no mínimo, possam conversar.
– Outro encontro, mais amplo, teria sido previsto para os próximos dias, antes ainda da posse marcada para 1º de janeiro.
– Para fechar: sempre é bom lembrar que há os adeptos do “gritare”, em vez do “parlare”. Sim, também tem esse tipo de politico. Que, no entanto, está fadado a não ser levado a sério. Virar “folclore”.
Noutro dia criatura que tem ‘visão’ de como o mundo deve ser, as etapas para chegar lá e o comportamento adequado para que isto aconteça, afirmou que os que não sentam e conversam (ou seja, não se comportam como preconiza) ‘têm problema de ego’. Sim, são os outros que ‘têm problema de ego’.
‘Gritare’ ou ‘parlare’ no Casarão? Tanto faz. A uma porque a maioria racional não presta atenção no que lá acontece e a duas porque as atribuições do parlamento municipal são mínimas. Interessante é ver que alguns, quando é conveniente, estão por baixo, defendem o ‘parlare’