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Cuidar do patrimônio é um exercício de cidadania e patriotismo – por Elen Biguelini

A necessidade e, sim, a importância fundamental de “valorizar o que é nosso”

Para finalizar nossa série sobre o patrimônio público, lembramos novamente que para além das políticas públicas relacionadas à ele, cabe a cada um de nós o cuidado daquilo que importa para a sociedade, a cultura e a história de nosso país.

Assim como devemos cuidar de objetos familiares passados de geração em geração, é dever do cidadão brasileiro prezar por aquilo que é de todos.

Cabe a nós, pessoas comuns, alertar aos Órgãos específicos quando fizermos descobertas.

Cabe a nós não depredar.

Se vamos restaurar algum objeto, entrar em contato com as pessoas corretas, para não produzirmos atrocidades como volta e meia surgem notícias pelo mundo sobre obras de arte deturpadas.

Mas para além disto, é preciso sabermos valorizar. Conhecer os patrimônio locais de nossas cidades, visitar os museus, procurar conhecer os nomes dos bustos que se encontram em nossas praças. Quem sabe um deles não é seu parente? Quem sabe você não habite próximo a um bem tombado, mas esquecido e abandonado? Quem sabe você não esteja próximo à localidade onde aconteceu um evento importante para a história do país?

Procuremos conhecer estes locais, até mesmo para denunciar o descaso para com eles. Visitar museus e conhecer a obra de artistas locais e estrangeiros, que podem estar vivendo anonimamente entre nós, mas que tem grande importância para a arte local.

Precisamos valorizar o que é nosso. Precisamos compreender que patriotismo vai além de jogos de futebol ou divergências políticas. Patriotismo é amar TUDO aquilo que é de nosso país: sejam danças típicas indígenas, seja uma obra de arte que você não necessariamente aprecie, mas que tem relevância sociocultural.

(*) Elen Biguelini é doutora em História (Universidade de Coimbra, 2017) e Mestre em Estudos Feministas (Universidade de Coimbra, 2012), tendo como foco a pesquisa na história das mulheres e da autoria feminina durante o século XIX. Ela escreve semanalmente aos domingos, no Site.

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Um Comentário

  1. Sim, as ‘pessoas comuns’ passam a vida de preocupando com ‘cidadania’ e ‘patriotismo’. E ‘valorizar o que é nosso’ (‘nosso’ deles, obvio). Kuakuakuakuakua! ‘Nosso’ é só a conta para pagar. Bora puxar cabo de enxada. Kuakuakuakua!

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