OBSERVATÓRIO. Boas propostas. E cadê o troco?
Vem aí uma Santa Maria bem melhor, a depender das promessas. Porém…
Os candidatos à Prefeitura foram genéricos. Como, de resto, é procedimento comum a todas as campanhas. O diabo é que o cidadão, cada dia mais, se torna exigente. Não bastam declarações de intenções. É insuficiente dizer: “vamos resolver isso ou aquilo, e deste jeito”. O eleitor também gostaria, é a presunção claudemiriana, saber de onde virão os recursos, se boa parte do orçamento municipal é “gravado”. Isto é, tem verba curta e determinada para setores bem específicos.
Sem ir muito adiante, basta dizer que entre as rubricas Saúde, Educação e Recursos Humanos já se vão 90% da arrecadação. E o restante – saúde, infraestrutura urbana, custeio da administração, etc, etc… – a ser atendido? E daí? De onde sai o recurso para investimento nas propostas anunciadas? Como fazer tal o qual obra se ela custa, não raro, boa parte do orçamento anual?
A resposta é óbvia: o troco será externo. Seja na forma de benesse da União ou do Estado ou (e essa é a boa notícia, pois a cidade tem crédito) via financiamento a ser pago a longo prazo. Mas, não seria o caso de os pretendentes detalharem melhor o que pretendem? Se há alguma frustração importante na campanha que acaba agora, esta é uma, e que, pelo menos a esse (ele reconhece) exigente colunista, não foi devidamente suprida.
Dito isto, também é preciso ressalvar algo que não se via, comumente: a apresentação de ideias muito boas, de toooodos os candidatos. E que, sem ranço, bem que poderiam ser, na medida do possível, acopladas ao projeto vencedor. Mas isso talvez já seja querer demais, pela forma algo obtusa de fazer política deste momento histórico.
Já que nossos candidatos utilizam promessas muitas vezes utópicas em seus discursos, poderíamos imaginar uma eleição onde os quatro candidatos mais votados fossem eleitos.
Nesse utópico senário todos os problemas de nossa cidade estariam resolvidos em quatro anos? Acho que não!