PESQUISA (2). Para o Planalto, Serra na frente. No Senado, “partido” da RBS é a novidade

Não deixa de ser curioso. Embora o PT esteja em primeiro lugar na intenção de voto para o Governo do Estado (leia a nota imediatamente anterior, logo abaixo), com Tarso Genro vencendo nos dois turnos, independente da concorrência, na disputa pelo Palácio do Planalto há uma inversão. A candidata petista, Dilma Rousseff, está bem atrás do tucano José Serra. Ela com 19,8%; ele com 45,7%.

Esses percentuais constam da pesquisa realizada pelo Instituto Methodus entre os dias 2 e 6 deste mês, com mil entrevistas feitas em 25 municípios gaúchos, com margem de erro de 3% para mais ou para menos. Na pergunta induzida, em que o nome dos candidatos é apresentado, o terceiro colocado na corrida presidencial, segundo os gaúchos, seria Ciro Gomes, do PSB, com 12,4% – seguindo-se a neo-PV Marina Silva (6,3%) e o pedetista Cristovam Buarque (4,1%). O percentual de nenhum deles ou não sabe chega a 11,7%.

Na pesquisa divulgada e disponível na internet não há resultado para um eventual segundo turno. Não sei se a pergunta foi feita. Mas tenho muita curiosidade para saber que tamanho teria a diferença (neste início de dezembro), entre Serra e Dilma.

SENADO – Mais que a pesquisa para a presidência, ou mesmo para o Palácio Piratini, a grande novidade no levantamento do Methodus foi a aferição da intenção de voto para as duas vagas ao Senado. E aí surge o maior partido do Rio Grande, a RBS, o majoritaríssimo grupo de mídia estadual.

Se é verdade que os dois nomes das siglas tradicionais ponteiam, não é menos correto que a diferença é ínfima em relação à dupla de comunicadores do grupo dos Sirotsky. Enquanto Paulo Paim, do PT, tem 43%, e Germano Rigotto, do PMDB, alcança 42,3%, os oriundos da RBS estão logo atrás. Ana Amélia Lemos, alojada no PP, e Lasier Martins, filiado ao PDT, somam, cada um, exatos 40,7%. Agora, é só imaginar, imaginar, imaginar. E ver o que pode acontecer, se ambos confirmarem a candidatura da sigla midiática.

Ah, outros nomes apresentados aos eleitores não chegam sequer aos 6% de intenção de voto, ficando, digamos, na poeira. São eles Nelson Proença (PPS) e Elói Guimarães (PTB).