OBSERVATÓRIO. Um exército de militantes. Pra quê?
Valdeci, Pozzobom, Pimenta. Os de hoje. E haverá outros?
Segundo os números mais recentes, do Tribunal Superior Eleitoral, há 27 partidos com filiados em Santa Maria. No total, 23.367. Agora, o que conta: sete agremiações, sozinhas, têm 17.319. Ou cerca de 75% do total. Vamos convir: um verdadeiro exército de militantes disponíveis – na suposição de que, pelo menos numa campanha eleitoral, a maior parte se coloque à disposição da causa.
Agora, a pergunta que insiste em não calar: por que, com todo esse potencial e, sobretudo, com esse conjunto de apreciadores devidamente alistados, a maioria dos partidos simplesmente renega a eleição proporcional estadual? Pior: abrem mão de apresentar candidatos, entregam seu apoio a nomes de outras plagas e, objetivamente, são responsáveis por Santa Maria ver minguar a sua representação parlamentar.
Claro que há exceção. Sim, o PT. Além de ter um deputado estadual e outro federal, que vão buscar a reeleição (Valdeci Oliveira e Paulo Pimenta), terão mais dois nomes, com certeza: Helen Cabral (Assembleia) e Fabiano Pereira (Câmara dos Deputados).
Mesmo o PSDB, que tem um deputado estadual, Jorge Pozzobom, não dá garantia de que terá nome a federal – na medida em que o partido, por seus atuais dirigentes, faz muxoxo para Marchezan Júnior, um agregado, assim considerado.
E os demais? Com sorte, terão um nome a estadual (PMDB, PDT e do DEM) e nenhum a federal. Ou a federal, falando do PTB, e nenhum a estadual. E mais nada, ate onde a vista do observador alcança. Convenhamos, mais que pouco, uma vergonha. Que impede, até, que se faça qualquer campanha por nomes locais. Afinal, se os partidos não têm candidato, fazer o quê?
Para constar, confira a relação dos principais partidos e seus filiados, conforme o TSE: PT (4.142 filiados), PMDB (3.996), PP (3.162), PDT (3.011), PTB (1.790), PSDB (1.737) e DEM (1.271). Nenhum outro partido tem mil e há um com quatro filiados. Convenhamos, são das divisões inferiores da política local.
O único nome que não pode deixar de ser eleito desta lista é Paulo Pimenta. Há que se pensar na cidade.
Nelson Marchesan (o pai) tinha muito mais ligação com a cidade do que o Júnior.
Um nome que não aparece na lista e já trouxe dinheiro para a UFSM junto com o Pimenta é Onyx Lorenzoni. Formado em veterinária por aqui.
Do jeito que o sistema está montado, a praticidade manda. Quem quiser consertar o país começando por Santa Maria trabalha contra a cidade. Cidade sem representação no DF definha.