COMENTÁRIO DO DIA. A falta de docentes na UFSM
Com um minuto de duração, o comentário do editor, originalmente divulgado há meia hora, na Rádio Antena 1. Diariamente, de segunda a sexta, ele é reproduzido aqui, com a autorização da direção da emissora.
Nada de novo debaixo do sol. A supersimplificação facilita tanto o elogio quanto a crítica. E como diz o senador Pedro Taques: no Brasil existe a mentira, a mentira deslavada e a estatística.
E os professores afastados por motivo de saúde? E os que pegam carga horária menor porque desempenham funções administrativas? E os afastados para fazer pós-graduação? E a carga horária destinada a preparação de aulas?
Outra: as pessoas esquecem que a democracia não é necessariamente o governo dos melhores. Chefe de departamento, diretor de centro, coodenador de curso, reitor. Não são escolhidos por eleição? E quem vota? Alguém já viu eleito bater no eleitorado? E a burocracia para achar substitutos?
E muitos que se acham “gestores” e cobram resultados dos outros muitas vezes não passam de burocratas. Tocam um setor da burocracia, fazem reuniões, acompanham a execução do orçamento (a receita pode atrasar mas sempre aparece). E é fácil de medir o “nível burocrático”. Os erros não aparecem, as consequências são a longo prazo e fora da entidade. Falta de professores, um buraco na rua, uma porta caindo, fila no restaurante, estes são fáceis de ver. Pior são os erros que passam despercebidos.