FEITO. Apesar dos intolerantes, o casamento coletivo, inclusive com um casal gay, aconteceu em Livramento
Com direito a um ambiente decorado com as cores da bandeira do Rio Grande e também do movimento LGBT, e para a fúria dos intolerantes, aconteceu neste sábado, em Santana do Livramento, um casamento coletivo com quase três dezenas de casais, um deles formado por gays.
A felicidade explícita deSolange Rodrigues e Sabriny Benites talvez seja a melhor resposta, uma verdadeira bofetada metafórica, nos intolerantes, que os temos, lamentavelmente, de sobra no território gaúcho.
Mais informações sobre a cerimônia, que contou com a presença de autoridades do porte da ministra Ideli Salvatti (Direitos Humanos) e do presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, José Aquino Flôres de Camargo, você tem no material originalmente publicado no G1, o portal de notícias das Organizações Globo. A reportagem é assinada por Estevão Pires, com foto de Reprodução. A seguir, um trecho:
“Após polêmica e incêndio, casal gay é aplaudido em união coletiva no RS…
…Vinte e oito casais – sendo um formado por duas mulheres – trocam alianças e oficializam a união na tarde deste sábado (13) no Fórum de Santana do Livramento, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. Após polêmica gerada depois que o Centro de Tradições Gaúchas (CTG) que abrigaria a cerimônia pegou fogo, o evento tem as presenças de autoridades como a ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, Ideli Salvatti.
Ao som da marcha nupcial, o casal Solange Rodrigues e Sabriny Benites entrou por último no salão do júri e foi aplaudido de pé pelos convidados presentes. As mulheres não falaram com a imprensa na chegada ao fórum. Discretas, as duas entraram no prédio pela porta dos fundos.
“Por que essa cerimônia causa tanto incômodo ao tradicionalismo?”, questionou a juíza Carine Labres em discurso, no início da celebração. “Qual a razão de tanta intolerância?”, indagou.
O discurso seguiu com a palavra da secretária da Justiça e dos Direitos Humanos do estado, Juçara Vieira. “Quero saudar as meninas. Porque valentia é uma coisa. Coragem é outra. Estão orgulhando todos os casais que estão celebrando a sua vontade. Esse casamento coletivo tem um grande significado para a vida de vocês. Voces são testemunhas de uma história que precisa mudar”, afirmou.
Ao defender a criminalização da homofobia, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, também falou aos noivos e noivas. “Essa solenidade que é uma solenidade de amor. O que ocorreu aqui acabou trazendo tantas autoridades e imprensa e servirá para o debate nacional sobre a importância de se respeitar na sociedade brasileira, pelo que se é, dando-lhe todos os direitos e oportunidades. Tem um trecho de uma música que eu costumo lembrar, diz muito do que estamos fazendo aqui hoje: qualquer maneira de amor vale a pena, qualquer maneira de amar valerá. O amor é que vale. Exatamente por isso tem que ser respeitado”, destacou.
A mesma observação pautou a fala do presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, José Aquino Flôres de Camargo. “Estamos aqui celebrando a vida e o amor. A polêmica surgiu porque um deles era homoafetivo e, portanto, diferente, aos olhos de muitos. Vivemos em uma sociedade permeada por inúmeras desigualdades. Raciais, sociais, econômicas, setoriais, que provocam injustiças. Não é sem razão que o judiciário tem sido demandado para se desfazer dessas desigualdades. O papel do judiciário nesse contexto é de promoção da pacificação social”, explanou. “Estamos aqui presenciando pessoas simples e humildes celebrando um passo importante. O símbolo do amor aqui é o acolhimento”, concluiu…”
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Não existe direito fundamental a uma cerimônia de casamento num CTG. Existe diferença entre tolerância e convivência forçada. Se o casamento tivesse sido marcado no fórum desde o início, não daria tanta confusão. E nem tanta mídia. E a juíza aparentemente foi no casamento com um vestido de prenda…