OBSERVATÓRIO. Banalização, a antessala da desimportância. Mais uma “invenção” do parlamento
A Câmara de Santa Maria busca um rumo. Ou ao menos precisa de um. Não se discute a qualidade pessoal e política de quaisquer dos edis – todos devidamente legitimados pelo voto soberano da população. Mas é evidente que, afora o sufocamento que sofre do Executivo (não o de hoje, mas de todos os últimos), falta um norte.
Bem, talvez o colunista esteja completamente enganado. É possível. Mas alguma explicação haverá de ter para a sucessiva banalização de alguns dos instrumentos disponíveis ao exercício do mandato.
Já foram as semanas deste ou daquele bairro – alguém lembra de uma que, embora lei, tenha ocorrido? Só as temáticas, e sempre com a adesão do Executivo. Do contrário…
Tem também os “dias” desta ou daquela profissão, que, até evidências em contrário, rendem apenas exposição momentânea junto às categorias festejadas. E já foram as medalhas e comendas. Excetuadas muito poucas, nem mesmo espaço midiático adequado recebem mais, assim como as frentes parlamentares. De mais de uma dezena, quantas sobreviveram mais de um ano?
Por que tudo isso? Pela banalização. São tantas e quase semanais que entram na categoria do “tanto faz”, a antessala da insignificância. Rude? Talvez. Mas não menos verdade. O corte havido na legislatura anterior revela-se insuficiente para dar a necessária e devida importância às homenagens. Simples.
Em tempo: logo, logo outro importante instrumento do exercício parlamentar corre o risco sério de adentrar nessa categoria. Qual? O Expediente Nobre. Pode apostar. Não demora nada e também perderá relevância ao conjunto, interessando apenas ao que dele se utilizar. Por meia hora na TV Câmara. Não mais que isso.
Problema é que o simbólico ultrapassou a realidade. Os tempos são outros e a maioria dos políticos não notaram.
Uma pessoa me contou que se Jairo Jorge do PT fosse candidato a governador votaria nele. Perguntei o motivo. Porque as sete e meia da manha ele esta na estação do trensurb ouvindo o povo.